Destaques
quadros comentados
“Ricardo Jorge” (1940) e “Câmara Pestana” (1900)
“Ricardo Jorge” (1940) (Veloso Salgado, 1864-1945) e “Câmara Pestana” (1900) (João Galhardo, 1870-1903)
Mazurka nº 38
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Estes dois personagens históricos da Medicina Portuguesa são, a par dos anteriormente referidos, dos mais notáveis médicos de sempre. Foram contemporâneos, ambos se interessaram muito pela microbiologia e as suas vidas cruzaram-se pelo facto de terem ajudado a estudar e a conter a última epidemia de peste que grassou em Portugal Continental e que ocorreu na cidade do Porto. Se, por um lado, Ricardo Jorge teve a grande lucidez e a enorme coragem de ousar impor medidas sanitárias imprescindíveis para evitar, com eficácia, a propagação, em plena era pré-antibiótica, de tão temível doença infeto-contagiosa, tendo visto, por isso, “premiada” tal atitude, com o seu afastamento do posto que ocupava enquanto autoridade de saúde pública daquela cidade, pois o governo da altura não conseguiu resistir à pressão das populações que não se conformavam com as inerentes consequências para o comércio local, decorrentes das referidas medidas. Por outro, Câmara Pestana, pagou com o preço da própria vida, ao tentar averiguar a possível eficácia de um inovador soro “anti-pestoso”. São (e serão sempre) dois exemplos a serem lembrados quando, como hoje, a cada passo, se deteta a emergência de novos agentes microbianos, ou de imprevistos surtos de doença infeciosa, perante os quais os médicos são chamados a desempenhar o seu papel, não importa em que país esse fenómeno emirja, porque nenhum se pode considerar a salvo e todos devemos ter essa imprescindível solidariedade perante os doentes, a sociedade e a própria Humanidade.
Em Lisboa, surgiram dois institutos com o nome de ambos. O que se chamou de Ricardo Jorge ainda hoje existe e dedica-se fundamentalmente às questões relativas à saúde pública em termos muito genéricos e á epidemiologia. É de destacar, contudo, as atividades relativas à investigação e ao diagnóstico de doenças geneticamente transmissíveis e de doenças infeciosas da mais diversa etiologia. O que recebeu o nome de Câmara Pestana, foi recentemente integrado na Faculdade de Medicina de Lisboa, tendo-se dedicado, durante dezenas de anos, também ao estudo e tratamento de algumas doenças infeciosas, chegando a ter uma enfermaria para doentes com difteria, tal como aconteceu à irmã mais velha da minha esposa, Isabel Mendes Lucas. Também, durante muitos anos, foi o centro de referência, no sul do país, para casos de raiva humana, e em termos laboratoriais e de investigação, estudou aprofundadamente os agentes das mais diversas infeções de causa bacteriana.
Outros quadros comentados:
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“Mal de Amores”, “O Beijo”, “Homem velho com saudades”, “Autorretrato, enquanto Homem desesperado”, “Autorretrato” e “Retrato de Roma”, “Oscar Dominguez”
Um dos atributos mais nobres do médico é o de ser capaz de descodificar, através da observação clínica, os estados de alma dos seus doentes. Nas expressões faciais. No olhar. Nos gestos
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“John Locke”, “Baruch Spinosa”, “Pedro Nunes”, “De humani corpis fabrica”, “Estudos de anatomia”, “Estudo Anatómico”
Existe um debate, desde há muitos anos, acerca da natureza da Medicina: Arte ou Ciência, pergunta-se? Possivelmente, direi, ambas!
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“Um abraço do Universo a mim e ao Diego”, “Saudade”
O(s) autor(es) o livro intitulado “QuimioRadiolândia: Viagem sem regresso a uma fortaleza chamada oncologia”, aí escalpelizam toda problemática do relacionamento médico-doente na vertente de utilizadores dos serviços de saúde