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Divulgação Cultural

A Biblioteca dos Passeios e Arvoredos (Lisboa, 1875)

A Biblioteca dos Passeios e Arvoredos (Lisboa, 1875)

EXPOSIÇÃO | 21 set. – 30 dez. ’17 | Galeria do Auditório | Entrada livre

Proposta de plano de jardim com suas microarquitecturas. Gabriel Thouin – «Plans raisonnés de toutes les espèces de jardins». Paris: L’Imprimerie de Lebégue, 1820, p. 42. Coleção Particular.A exposição A Biblioteca dos Passeios e Arvoredos, comissariada por Ana Duarte Rodrigues, aborda o trabalho desenvolvido pelo pelouro dos Passeios, Jardins e Arvoredos da Câmara Municipal de Lisboa por volta de 1875, a partir da reconstituição da sua biblioteca especializada.

Por iniciativa de Francisco Simões Margiochi, que liderou o pelouro dos Passeios e Arvoredos entre 1872 e 1875, foi criada uma biblioteca com tratados sobre a arte dos jardins, almanaques e outras publicações periódicas, livros de botânica, manuais de jardinagem e planos de jardins famosos, na qual os funcionários do pelouro dos Passeios e Arvoredos pudessem encontrar conhecimentos úteis, ficar a par das últimas novidades, e tirar dúvidas sobre botânica e horticultura.

O primeiro núcleo desta exposição revela o acervo desta biblioteca e os restantes estabelecem uma relação entre a teoria e a prática dos funcionários do pelouro dos Passeios e Arvoredos, revelando que a mesma pode ter servido não só como repositório de modelos, técnicas e práticas, mas também como guia para tomadas de decisão e influência do gosto.

Seguem-se vários pequenos núcleos que destacam tópicos particulares, como por exemplo a irrigação dos novos alinhamentos de árvores que se plantaram neste período um pouco por toda a cidade, assim como dos relvados, flores e canteiros dos jardins públicos, o que constituiu um dos maiores desafios com que a Câmara Municipal de Lisboa se debateu na segunda metade do século XIX.

A rega dos jardins continuou, pois, por muito tempo a ser realizada manualmente, com água que era transportada em barris carregados em carroças puxada por cavalos e através das bocas-de-incêndio existentes em cada bairro.

Os grandes projetos de jardins públicos, os jardins de praças e a plantação de alinhamentos de árvores exigiram trabalhos especializados de transplantação de árvores, de cultivo de árvores em viveiros, de poda e enxertia de novas árvores.

Um outro pequeno núcleo é dedicado ao fascínio pelas palmeiras e, em geral, por todas as plantas exóticas. Era política do pelouro dos Passeios e Arvoredos ir introduzindo sistematicamente novidades e plantas exóticas nos jardins públicos de modo a promover a educação dos seus cidadãos, ao mesmo tempo que se construía um local agradável e saudável para o «recreio honesto» dos lisboetas.

Exemplos dos múltiplos efeitos que se podiam obter com os repuxos de água nos jardins.«Figures pour l’almanach du bon jardinier». 12.ème éd. Paris: Audot, 1840, planche LVI, p. 157 (BNP S.A. 6624 P.)Para além de permitirem passear, os jardins públicos tinham de ser confortáveis e atrair visitantes a «estar». Relvados, bancos de jardim à sombra de árvores, lagos e fontes para criarem frescura, quiosques que vendessem tanto jornais como refrescos, coretos com músicos, que proporcionassem entretenimento aos mais velhos, e brinquedos para as crianças, tornaram-se elementos de presença obrigatória.

Finalmente, a exposição concretiza esta visão e composição dos jardins públicos em três núcleos com exemplos de jardins de Lisboa. O primeiro núcleo é dedicado aos grandes jardins e projetos de jardins públicos da segunda metade do século XIX – o Jardim da Estrela e o Eixo Verde de Lisboa que se começou por traçar com a Avenida da Liberdade, e depois o Parque da Liberdade e Campo Grande. O segundo é dedicado aos jardins menos conhecidos – os jardins de praças –, como, por exemplo, o Jardim do Príncipe Real, o Campo dos Mártires da Pátria, o Jardim do Campo de Santa Clara, entre muitos outros. E, por último, o terceiro estabelece uma ponte entre o passado e o presente.

Fonte: bnportugal.pt

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A Ideia, então «órgão anarquista específico de expressão portuguesa», foi fundada por João Freire em Paris em abril de 1974. Era, de certa maneira, uma herança do espírito de “Maio de 68” que se queria fazer alargar, também em língua portuguesa. Assim, esteve no cerne da realização, em julho de 1974, de um grande comício anarquista internacional, que encheu a ‘Voz do Operário’ de Lisboa.

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