Notícias
Divulgação CulturalMostra | A Biblioteca do Museu Português da Grande Guerra | até 19 maio | BNP
A Biblioteca do Museu Português da Grande Guerra
MOSTRA | Sala de Referência | 23 fev. – 19 maio 2018 | Entrada livre
O Decreto n.º 3486 de 19 de outubro de 1917 cria em Lisboa o Museu Português da Grande Guerra (MPGG) destinado a «[…] a perpetuar a memória da intervenção de Portugal na Guerra […] e a reunir todos os documentos respetivos a este acontecimento histórico […]».
O mesmo diploma prevê a criação da «secção» da Biblioteca, referenciando os tipos de documentos que devem integrar a mesma:
- Livros publicados no país com referência à participação de Portugal na Guerra;
- Livros publicados no estrangeiro com referência à participação de Portugal na Guerra;
- Publicações oficiais sobre a Guerra, feitas em Portugal e no estrangeiro;
- Obras de propaganda relativas ao esforço militar português;
- Legislação portuguesa da Grande Guerra;
- Estatutos, relatórios, boletins de coletividades e instituições portuguesas de propaganda patriótica e de assistência às vítimas da Guerra;
- Revistas, ilustrações, folhetos alusivos à preparação e à ação militar de Portugal em França e África;
- Hemerografia portuguesa da guerra (recortes de jornais portugueses e estrangeiros com referências à intervenção armada de Portugal, números únicos, folhas soltas, jornais das trincheiras);
- Impressos vários, editais, proclamações, avisos, cartazes de festas patrióticas, catálogos de exposições, programas de espetáculos de beneficência relativos à Guerra, etc.
O início do que viria a ser a biblioteca do MPGG são os 219 livros, recolhidos oficialmente em quatro meses e que constam da Relação dos livros, jornais, revistas e diversas publicações que foram entregues à Biblioteca Nacional, pertencentes à Biblioteca do extinto Museu Português da Grande Guerra (BNP ACL-MG/Cx. 1), bem como outro material de arquivo (BNP ACL-MG).
O principal objetivo do MPGG seria a organização de uma coleção diversificada que lhe permitisse contar a história da Primeira Guerra Mundial, tanto do ponto de vista militar como do ponto de vista social.
A 16 de janeiro de 1918, A Capital noticiou que Amílcar Mota, chefe de gabinete da Secretaria da Guerra, visitou as instalações provisórias do Museu, tendo ficado impressionado com o grande número de objetos angariados e esperando que o MPGG «possa em breve competir com os seus similares de França e de Inglaterra criados também recentemente».
Encontramos hoje, em muitos dos museus que se constituíram na Europa sobre esta temática uniformes de países beligerantes, peças de armamento e artilharia, objetos da vida quotidiana usados na frente e por aqueles que apoiaram na retaguarda o esforço de guerra, assim como materiais de propaganda, fotografias, filmes, etc.
Fidelino de Figueiredo, então diretor da Biblioteca Nacional de Lisboa (BNL), conseguiu transferir o MPGG para o Museu de Artilharia e pouco depois Sidónio Pais, ministro da Guerra, extinguiu-o (Decreto n.º 3920, de 13 de março de 1918). O espólio documental foi então entregue à BNL (Nota n.º 1575, de 5 de abril de 1918, da Repartição do Gabinete do Ministério da Guerra).
Esta biblioteca foi depois dispersa e incorporada nos fundos da Biblioteca Nacional.
Na mostra, além da relação dos livros entregues na Biblioteca Nacional, podem ser vistos alguns dos exemplares constantes dessa lista e recortes de jornais estrangeiros enviados para Lisboa por João Chagas, então diplomata em Paris.
Fonte: bnportugal.pt
Outros artigos em Divulgação Cultural:
Exposição | Pedro da Silveira. Centenário 1922-2003 | 24 nov. ’22 – 28 jan. ’23 | Mezanine
Pedro Laureano Mendonça da Silveira (1922-2003) nasceu a 5 de setembro, na freguesia da Fajã Grande, concelho das Lajes das Flores, vindo a fixar residência em Lisboa, a partir de 1951. A presente exposição evoca, em primeiro plano, a sua obra literária, de poeta, crítico e investigador, a que se somam os testemunhos da sua intervenção na Biblioteca Nacional.
Colóquio | Fernando Pessoa e a Filosofia em Portugal | 29 e 30 nov. ’22 | 14h00- 19h00 | Auditório
A obra pessoana tem sido alvo de inúmeras reflexões filosóficas de pensadores portugueses, como é o caso de José Marinho, Agostinho da Silva, Eduardo Lourenço, José Gil, entre muitos outros, que têm chamado a atenção para a relevância filosófica da criação poética de Pessoa.
Encontro | Drácula 125 | 28 nov. ’22 | 17h00 | Auditório
Na senda da novela The Vampyre (1819), de John William Polidori, e de outras narrativas anglófonas sobre vampiros, em 1897, o romancista irlandês Bram Stoker publicou o romance epistolar gótico Drácula, que tem inspirado inúmeras adaptações e reinterpretações e cujo protagonista faz parte do imaginário popular.
Concerto à capela | Compositores portugueses através dos tempos | Coro Médico de Lisboa | 18 nov. ’22 | 19h00
Promovido pela Associação Coro e Orquestra Médicos de Lisboa (ACOML), o concerto “Compositores Portugueses através dos Tempos”, interpretado pelo Coro Médico de Lisboa, apresenta obras à capela de vários compositores portugueses, desde a polifonia renascentista à música contemporânea.