Notícias
Divulgação Cultural
Exposição | Em demanda da biblioteca de Fernão de Magalhães | 7 fev. | 18h00 | BNP
Em demanda da biblioteca de Fernão de Magalhães
EXPOSIÇÃO | 7 fev. ’19 | 18h00 | Sala de Exposições – Piso 3 | Entrada livre / até 13 maio ´19
Fernão de Magalhães é provavelmente um dos mais célebres navegadores portugueses de todos os tempos, pela sua ligação à primeira viagem de circumnavegação do globo terrestre. Depois de uma carreira mais ou menos discreta ao serviço de el-rei D. Manuel I, que o levou nos inícios do século XVI a terras do Oriente e também a Marrocos, passou a Espanha em finais de 1517, incompatibilizado com o monarca português, que lhe recusara a mercê a que julgava ter direito pelos serviços prestados à coroa lusitana. Levava consigo o projeto de tentar descobrir uma rota ocidental para as longínquas ilhas de Maluco, onde eram produzidas algumas das mais raras especiarias, as quais haviam sido alcançadas pelos portugueses poucos anos antes, a partir das suas bases recém-conquistadas na costa ocidental da Índia e na península da Malásia.
Carlos I de Espanha aceitou patrocinar o projeto de Magalhães, organizando uma expedição de cinco navios, de que lhe atribuiu o comando. As disposições do tratado de Tordesilhas, que fora assinado em 1494 na sequência da primeira viagem de Cristóvão Colombo, impediam os espanhóis de navegar para o Oriente pela via do Cabo da Boa Esperança, reservada em exclusivo para os portugueses. A proposta de Fernão de Magalhães, que de certa forma retomava a ideia original do almirante genovês, parecia a solução lógica para permitir uma intervenção espanhola no lucrativo tráfico de especiarias orientais, que por esses anos fazia a fortuna de Portugal. A armada magalhãnica largou de Sevilha em Agosto de 1519, para uma expedição que tinha como destino as ilhas mais orientais da Insulíndia, e que acabaria por se transformar na primeira viagem de circumnavegação. Fernão de Magalhães, como é sabido, sucumbiria já bem perto do seu objetivo final.
A passagem do quinto centenário do início desta histórica viagem pareceu uma boa oportunidade para desenvolver um inquérito sobre as leituras que teriam fundamentado o projeto do navegador português. A ideia de rumar ao arquipélago de Maluco pela via do poente deveria ter-se baseado em cuidadas leituras de guias náuticos, roteiros, tratados geográficos e relatos de viagens. Contudo, Magalhães não deixou grandes vestígios textuais, pois dele apenas se conhecem algumas cartas e memorandos em letra que aparenta ser de homem culto, mas que não incluem referências de natureza bibliográfica. E apenas há notícias certas de ter possuído um único livro. Assim, a designação «em demanda da biblioteca de Fernão de Magalhães» pareceu uma apropriada descrição para uma indagação sobre os livros que o navegador lusitano poderia ter possuído ou compulsado durante a preparação do seu projeto.
Fonte: bnportugal.pt
Outros artigos em Divulgação Cultural:
CURSO ONLINE | NEGÓCIOS DO ORIENTE
A partir da criação da primeira rota directa da pimenta entre a Ásia e a Europa, os portugueses diversificaram os produtos transportados nas naus das Índias. Neste curso, João Paulo Oliveira e Costa evoca o papel do Estado da Índia como potência do comércio afro-asiático, seus principais produtos, agentes e circuitos.
Lançamento CD / Concerto | Seixas à guitarra | 22 dez. | 18h30 | BNP
À margem do projeto de gravação integral das sonatas de Carlos Seixas em instrumentos históricos de tecla, que tem preenchido a coleção melographia portugueza do mpmp e que nas próximas temporadas verá lançados mais números, surge a proposta de escutarmos esse repertório à guitarra, segundo a interpretação da jovem Rebeca Oliveira.
Lançamento / Mesa-redonda | Glosas #21 / MPMP 2010-2020 | 20 dez. | 18h30 | BNP
O 21.º número da revista Glosas na sua versão impressa e anual debruça-se sobre o percurso artístico da jovem compositora Sara Ross, recentemente vencedora do Prémio Carlos de Pontes Leça (Festival Operafest Lisboa 2020)
Lançamento “Complexidade: Implicações e Políticas Globais”, coordenado por Rui Malhó, 16 de Dezembro, 18h00, Fundação Calouste Gulbenkian
Este livro, coordenado por Rui Malhó, conta com um leque brilhante de Autores. Estes abordam os temas considerados mais prementes relativamente às ciências da complexidade e pertinentes para a sociedade e o seu bem-estar.