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Mostra / Concerto | Do Tejo ao Tibre:músicos e artistas portugueses em Roma no século XVIII | 28 fev. | 18h00 | BNP

Mostra / Concerto | Do Tejo ao Tibre:músicos e artistas portugueses em Roma no século XVIII | 28 fev. | 18h00 | BNP

Do Tejo ao Tibre:
músicos e artistas portugueses em Roma no século XVIII
MOSTRA | 28 fev. ’19 | 18h00 | Mezzanine | Entrada livre / até 31 maio ´19

Inauguração
18h00 : visita guiada
18h30 : concerto pelo ensemble Cappella dei Signori
(dir.: Ricardo Bernardes; obras de Giovanni Giorgi e João Rodrigues Esteves)

O fascinante processo de assimilação e adaptação de modelos artísticos e musicais italianos pela corte de Lisboa ao longo do século XVIII é um dos fenómenos mais relevantes a nível cultural do Portugal setecentista, com repercussões que se estendem à maior parte do território. Através das obras conservadas na BNP, esta exposição, comissariada por Cristina Fernandes (INET-md, NOVA FCSH) e Pilar Diez del Corral (UNED – Universidad Nacional de Educación a Distancia, Madrid), pretende dar a conhecer ao grande público como se produziu essa frutífera associação criativa entre o país mais ocidental da Europa e a península itálica, coração do Mediterrâneo, colocando em evidência olhares transversais sobre a música e as artes visuais, dois campos frequentemente abordados de forma separada mas que percorreram caminhos comuns.

A partir do século XVI, Roma começou a atrair artistas de todos os campos, desejosos de aprender a partir do legado das suas ruínas e dos mestres modernos que a converteram no centro artístico da Europa. Ao mesmo tempo, viajantes procedentes num primeiro momento dos países do Norte também chegavam a Roma com o mesmo afã de aprendizagem, tanto no plano mundano como cultural, dando origem ao fenómeno do Gran Tour, que teria a sua eclosão nos séculos XVIII e XIX.

Portugal teve no século XVIII uma idade de ouro graças às fabulosas encomendas artísticas e musicais de D. João V, o Rei Magnânimo. Ainda que o terramoto de 1755 tenha eclipsado uma grande parte do legado arquitetónico e artístico da primeira metade do século, para além da catástrofe humana que causou, a magnificência e o cosmopolitismo de Lisboa deixaram marcas que prevaleceram como sinais identitários nas décadas seguintes. O conjunto das peças expostas pretende mostrar desde a perspetiva da viagem e do intercâmbio artístico e musical como as relações entre Portugal e Itália, centradas num fluxo contínuo de pessoas, livros, partituras e obras de arte criaram uma riquíssima via de comunicação entre Roma e Lisboa.

Estão igualmente programadas várias visitas guiadas, seguidas de momentos musicais. Na inauguração (28 de fevereiro, às 18h00), o agrupamento Cappella dei Signori, dirigido por Ricardo Bernardes, interpreta obras de Giovanni Giorgi e João Rodrigues Esteves. A 19 de março, realiza-se uma visita guiada às 18h00, seguida de um recital de cravo, por Fernando Miguel Jalôto, assinalando os 300 anos da chegada a Lisboa de Domenico Scarlatti. Em data a anunciar brevemente, apresenta-se uma nova visita e um programa centrado na música de Francisco António de Almeida, com interpretação dos Músicos do Tejo, dirigidos por Marcos Magalhães e Marta Araújo.

Decorre também na BNP, a 28 e 29 de março de 2019, o congresso internacional Roma e Lisboa no século XVIII: música, artes visuais e transferências culturais, organizado pelo grupo «Estudos Históricos e Culturais em Música» do INET-md (NOVA FCSH) e pelo departamento de História de Arte da UNED (Madrid).

Cabeçalho: fim do terceto da Cantata de António Teixeira (1707-1774), quando cantam «che i raggi spanderà dal Tajo a Roma». Cantata a 3 voci concertata con Violini, Obuè Flauti Trombe, e Corni da Caccia [Música manuscrita] : No 2 : Gloria, Fama, Virtù; [1734-1750]; BNP M.M. 4794 | http://purl.pt/78

Fonte: bnportugal.pt

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