Notícias
Divulgação CulturalVisita guiada | Em demanda da biblioteca de Fernão de Magalhães | 21 mar. | 16h30 | BNP
Em demanda da biblioteca de Fernão de Magalhães
EXPOSIÇÃO | 7 fev. – 13 maio ’19 | Sala de Exposições – Piso 3 | Entrada livre
Fernão de Magalhães é provavelmente um dos mais célebres navegadores portugueses de todos os tempos, pela sua ligação à primeira viagem de circumnavegação do globo terrestre. Depois de uma carreira mais ou menos discreta ao serviço de el-rei D. Manuel I, que o levou nos inícios do século XVI a terras do Oriente e também a Marrocos, passou a Espanha em finais de 1517, incompatibilizado com o monarca português, que lhe recusara a mercê a que julgava ter direito pelos serviços prestados à coroa lusitana. Levava consigo o projeto de tentar descobrir uma rota ocidental para as longínquas ilhas de Maluco, onde eram produzidas algumas das mais raras especiarias, as quais haviam sido alcançadas pelos portugueses poucos anos antes, a partir das suas bases recém-conquistadas na costa ocidental da Índia e na península da Malásia.
Carlos I de Espanha aceitou patrocinar o projeto de Magalhães, organizando uma expedição de cinco navios, de que lhe atribuiu o comando. As disposições do tratado de Tordesilhas, que fora assinado em 1494 na sequência da primeira viagem de Cristóvão Colombo, impediam os espanhóis de navegar para o Oriente pela via do Cabo da Boa Esperança, reservada em exclusivo para os portugueses. A proposta de Fernão de Magalhães, que de certa forma retomava a ideia original do almirante genovês, parecia a solução lógica para permitir uma intervenção espanhola no lucrativo tráfico de especiarias orientais, que por esses anos fazia a fortuna de Portugal. A armada magalhãnica largou de Sevilha em Agosto de 1519, para uma expedição que tinha como destino as ilhas mais orientais da Insulíndia, e que acabaria por se transformar na primeira viagem de circumnavegação. Fernão de Magalhães, como é sabido, sucumbiria já bem perto do seu objetivo final.
A passagem do quinto centenário do início desta histórica viagem pareceu uma boa oportunidade para desenvolver um inquérito sobre as leituras que teriam fundamentado o projeto do navegador português. A ideia de rumar ao arquipélago de Maluco pela via do poente deveria ter-se baseado em cuidadas leituras de guias náuticos, roteiros, tratados geográficos e relatos de viagens. Contudo, Magalhães não deixou grandes vestígios textuais, pois dele apenas se conhecem algumas cartas e memorandos em letra que aparenta ser de homem culto, mas que não incluem referências de natureza bibliográfica. E apenas há notícias certas de ter possuído um único livro. Assim, a designação «em demanda da biblioteca de Fernão de Magalhães» pareceu uma apropriada descrição para uma indagação sobre os livros que o navegador lusitano poderia ter possuído ou compulsado durante a preparação do seu projeto.
Fonte: bnportugal.pt
Outros artigos em Divulgação Cultural:
APRESENTAÇÃO E CONFERÊNCIA | A trajetória dos CASTRATI na corte luso-brasileira (1752-1822) | 8 out. ’24 | 17h30 | Auditório
Os castrati (meninos castrados para fins musicais) foram o maior fenómeno vocal de todos os tempos. Exerceram um imensurável impacto na história da música vocal europeia e foram os responsáveis pela génese do bel canto italiano.
Dia Mundial da Música celebra-se todo o mês de outubro com espetáculos de qualidade para todas/os!
O Dia Mundial da Música (1 de outubro) é comemorado em Palmela ao longo de todo o mês, com um programa de espetáculos de qualidade por todo o concelho e para vários públicos
II COLÓQUIO | Livros de Viagens. Entre conhecimento do mundo, criação e dominação | 24-25 set. ’24 | 14h30 | Auditório / Sala de Formação
Os livros de viagens constituíram, ao longo de séculos, um género narrativo multifacetado onde a Literatura se cruza com a História, a Antropologia, a Ciência
SEMINÁRIO | Ciência e Cultura. Quebrar Fronteiras: A ciência da alma na ‘Philosophia Libera’ (1673), de Isaac Cardoso | 23 set. ’24 | 14h30
“Nosce teipsum”, prescreveram os oráculos àqueles que desejavam conhecer a alma humana. Isaac Cardoso (1603/4-1683), num extenso capítulo com mais de 230 páginas a duas colunas, explora audaciosamente os intricados assuntos da alma.