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DestaquesArtigo na NewsFarma “Prevenir doenças infecciosas em Setúbal”
A Liga de Apoio Comunitário para o Estudo de Doenças Infecciosas (LACPEDI) conta com um conjunto de profissionais de diversas áreas para ajudar a esclarecer os cidadãos acerca da problemática relativa às doenças infecciosas em Setúbal, uma cidade que está a ponderar aderir à iniciativa internacional Fast Track Cities.
Prevenir as doenças infecciosas através da união de esforços entre profissionais de saúde e a sociedade civil foi o objetivo com que foi criada a Liga de Apoio Comunitário para o Estudo de Doenças Infecciosas (LACPEDI). O Dr. José Poças é presidente do conselho consultivo, acumulando esta função com a de diretor do Serviço de Infecciologia do Centro Hospitalar de Setúbal. Contudo, são entidades independentes e todos aqueles que estão envolvidos na Liga trabalham em regime de voluntariado, até porque assumem outras responsabilidades em diversos setores da comunidade.
A LACPEDI, no entanto, desenvolve as suas atividades em colaboração com diversas entidades, desde o Centro Hospitalar, assim como a Câmara Municipal de Setúbal, da Escola Superior de Educação o Instituto Politécnico de Setúbal, a Cáritas Diocesana de Setúbal, a Fundação Portuguesa – A Comunidade contra a Sida, o GAT – Grupo de Ativistas em Tratamento, a SER+ – Associação Portuguesa para a Prevenção e Desafio à Sida e da GIRUsetúbal – Grupo de Intervenção de Rua de Setúbal.
“Foi estabelecida uma parceria com a Delegação de Setúbal da Cruz Vermelha, em que nos foram cedidas as instalações onde podemos ter o nosso equipamento e realizar as nossas reuniões”, indica o Dr. José Poças, que deposita boas expectativas para o futuro e sublinha que “o plano de ação para 2019 foi aprovado e vai ser cumprido”.
Em relação à colaboração conjunta entre profissionais de saúde e organizações civis, o especialista em doenças infecciosas considera ser “quase um imperativo para os serviços que querem organizar eventos médicos”, pois “cada um encontrará o seu caminho”. O Dr. José Poças conta também que “uma vez que tínhamos uma conta na Sociedade Médica dos Hospitais Distritais da Zona Sul, que infelizmente está numa fase de declínio, a seguir às Jornadas de 2017, já tínhamos planeado que provavelmente a reposta seria criar uma Liga”.
Assim, “ao constituirmos uma organização desta natureza, não fazia sentido que os médicos tivessem a sede no interior da instituição, portanto foi criada a LACPEDI, que tem neste momento os corpos sociais em funcionamento, estatutos aprovados, registados conforme a lei determina, contabilidade organizada e com algumas pessoas que não são profissionais de saúde, ou seja, quisemos aproveitar esta oportunidade para desenvolvermos atividades que não se esgotam na organização das Jornadas”.
Quando este projeto foi apresentado, no último trimestre de 2018, foi dito na cerimónia oficial de apresentação que vão ser organizados eventos, assinaladas efemérides e ações que promovam a prevenção das doenças infecciosas. Já existe um plano aprovado internamente de iniciativas e o mentor da Liga assegura que vão “aperfeiçoando esta maneira de estar”.
Segundo refere, “fizemos uma conferência pública em dezembro sobre vacinas aberta à população, que teve intervenientes ligados à área e não profissionais, para termos perspetivas diferentes e foi uma reunião bastante participada”. Acrescenta que há a hipótese de “fazer uma parceria com a Escola Superior de Saúde, com o intuito de realizar uma reunião deste género por cada trimestre mas alternadamente, ou seja, com o modelo clássico e com um formato mais voltado para a problemática da saúde discutida no âmbito das escolas, de modo a sensibilizarmos os alunos”.
Por outro lado, está a decorrer o movimento internacional Fast Track Cities que poderá vir a contar em breve com a adesão de Setúbal. “Os municípios não têm know how e a Liga poderá dar consultadoria técnica à Câmara Municipal”, frisa o Dr. José Poças referindo que “Setúbal vai ter um plano com metodologias próprias, que vai ser discutido internamente e com todos os atores no terreno, sendo posteriormente proposto à tutela”.
Artigo originalmente publicado na Revista SIDA, disponível aqui.
Fonte: newsfarma.pt »
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