Notícias
Divulgação Cultural
Mostra | Over_Seas: Melville e Whitman em Portugal | 31 maio | 16h30 | BNP
Over_Seas: Melville e Whitman em Portugal
MOSTRA | 31 maio ’19 | 16h30 | Sala de Referência | Entrada livre / até 30 ago.´19
No bicentenário do nascimento de dois vultos maiores da Literatura dos EUA do séc. XIX, esta mostra icono-bibliográfica pretende mostrar o impacto e a receção das obras de Herman Melville (1819-1891) e de Walt Whitman (1819-1892). Ilustra a dialética entre o leitor e a obra literária, da resposta de várias gerações de criadores a um texto, de como o público em geral reage ou interpreta o sentido da palavra, informado pelo seu passado cultural e pelas suas experiências de vida. Afirma também a relação atlântica EUA – Europa, e a passagem oceânica como comunicação transformadora entre culturas.
A inauguração da mostra tem lugar na data de aniversário dos duzentos anos de Walt Whitman, dia 31 de maio, com o seguinte programa:
16h15 – Encontro no átrio da BNP
16h30 – Visita à mostra na Sala de Referência, conduzida pelas comissárias (Isabel Oliveira Martins e Rute Beirante)
17h15 – Palavras de introdução no Auditório BNP, por Marta Soares
17h30 – Tertúlia de aniversário: Whitman e Melville na Academia e nas Artes — com António Feijó, Miguel Cardoso, Rosa Coutinho Cabral e Rute Beirante e moderação de Margarida Vale de Gato
18h45 – “Walt’z Intrepid Sailors”, concerto de canções spoken word com projecção de vídeo. Uma colaboração entre Bernardo Palmeirim, membro da banda NOZ, e jovens músicos ligados à Faculdade de Letras da ULisboa (Antónia Honrado, António Graça, Diogo Pinheiro e Gastão Pereira dos Reis).
Herman Melville (1819-1891), autor de obras tão emblemáticas como os romances Moby-Dick (1851) e Billy Budd, Sailor (1924), ou dos contos “Bartleby, the Scrivener” (1853) e “Benito Cereno” (1855), é um exemplo comum do escritor que não encontrou o seu público entre os contemporâneos que o receberam. Leviatã entre os autores americanos pela sua ambivalência literária, a sua ficção não é passível de ser reduzida a um simples princípio orientador. Ela possui tanto de real como de imaginário e como tal é de difícil acomodação nos cânones literários. Os textos de Melville são um microcosmos do mundo em expansão no seu tempo, forte em temas associados ao mar e seus frequentadores, todos eles presos num mundo claustrofóbico e avassalador, um puzzle a decifrar, um enigma a desvendar.
Poeta, ensaísta e jornalista, Walt Whitman (1819-1892) é um dos mais célebres escritores dos Estados Unidos. Percursor do verso livre e do modernismo, Whitman, o auto-denominado “bardo Americano,” canta na sua poesia a totalidade da existência humana, soando um hino à igualdade e à solidariedade de onde emana uma visão audaz da democracia. Leaves of Grass (1855-1892), vasto poema orgânico que foi crescendo ao longo da sua vida em sucessivas reedições, foi a sua obra mais notável. Esta exposição procura materializar a relevância de ambos autores nas artes visuais e nas letras portuguesas, concentrando-se em aspetos como a receção da sua obra em periódicos e traduções, estudos literários e biográficos, sendo a relação entre Fernando Pessoa e Walt Whitman o caso mais ilustre.
Com curadoria de Edgardo M. Silva, Isabel O. Martins, Margarida Vale de Gato, Marta Soares, Rute Beirante e Teresa Seruya, a mostra resulta de uma organização conjunta do Grupo de Estudos Americanos do Centro de Estudos Anglísticos da Universidade de Lisboa (CEAUL) e da Biblioteca Nacional de Portugal. Integra-se num conjunto de eventos e atividades entre os quais se inclui o Congresso Internacional «Over_Seas: Melville, Whitman and All the Intrepid Sailors» (3 a 5 de Julho de 2019, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa).
Fonte: bnportugal.pt
Outros artigos em Divulgação Cultural:
Soirée “Belle-Époque” – Concerto de Flauta e Harpa pelo Duo Solar
Lembra-se de ouvir o som da harpa? E o da flauta? Imagine a beleza de ouvir tocar estes dois instrumentos tão especiais, ao vivo, sem microfones, numa sala do século XVII…
Curso Livre “Encontros com a Pintura Europeia I – O que nos contam as Imagens?”
O Curso livre “Encontros com a Pintura Europeia I – O que nos contam as Imagens?” organiza-se em 4 sessões de 3 horas (com um untervalo de 30 minutos) e aborda a evolução da Pintura Europeia da Idade Média ao início do século XVII
Mostra | Tomás da Fonseca (1877-1968) | 10 fev. – 10 mar. | BNP
Nascido num pequeno povoado da Serra do Caramulo em 10 de março de 1877, seminarista que veio a tornar-se ateu, anticlerical e republicano, maçon que teve simpatias comunistas, José Tomás da Fonseca teve um percurso político multifacetado e intenso desde a preparação ideológica republicana à oposição ao sidonismo e ao salazarismo
Nureyev no espólio de Alberto de Lacerda
Alberto de Lacerda contava que, ainda adolescente, comprara num alfarrabista de Lourenço Marques um exemplar meio amarrotado da autobiografia de Isadora Duncan e que, a partir desse momento, algo de inesperado surgira na sua vida: a paixão pela dança