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Divulgação CulturalMostra | «O escritor não tem poder nenhum». Fernando Namora (1919-1989) | 27 jun. – 30 ago. | BNP
«O escritor não tem poder nenhum»
Fernando Namora (1919-1989)
MOSTRA | 27 jun. – 30 ago. ’19 | Mezanine | Entrada livre
Verdadeiro profissional das letras (num sentido perseguido pelo escritor desde o século XIX, em que o nome de Camilo Castelo Branco surge como raro exemplo), Fernando Gonçalves Namora, formado em Medicina pala Universidade de Coimbra, cedo abandonou a medicina, pr pouco tempo trabalho numa empresa de produtos farmacêuticos.
Autor desde muito jovem, pelo menos atestado desde 1935, tinha 16 anos, versou em todos os géneros literários, como ensaísta, contista, poeta, romancista, cronista de ficção, autor de literatura de memórias. Ambicionou, projetou e efetivou uma dedicação à escrita como nenhum outro exemplo se lhe aproximou no século XX: viver das letras. Daí, os quase incontáveis títulos que deixou publicados, numas centenas de obras, a juntar às traduções de que muitas foram alvo em diversas línguas, que o tornaram um dos escritores mais prolíficos no universo das letras portuguesas.
Além de escritor, foi também ilustrador, sobretudo na sua fase juvenil; mas nunca abandonou a pintura. E, desde jovem, associou-se à corrente designada em Portugal por Neorrealismo, começando por colaborar em múltiplos jornais, alguns dos quais fundou ou ajudou a fundar. Aliás, pode dizer-se, Namora esteve presente, para além de grandes momentos literários da sua geração (como a projeção e publicação da coleção poética Novo Cancioneiro, que inaugurou com um título seu, Terra, em 1941), de princípio a fim do ciclo histórico marcado por aquela corrente literária e artística: preparou a primeira coletânea de textos de índole neorrealista, Cadernos da Juventude, em 1937, cuja tiragem desapareceu na voragem do auto-de-fé a que foi condenada; proferiu, finalmente, em forma de conferência na Academia das Ciências, a leitura crítica do movimento, publicada em separata com o título de Esboço Histórico do Neorrealismo, em 1961.
Autor de um romance autobiográfico da geração coimbrã a que pertenceu, Fogo na Noite Escura, em 1943, com ele abriu também a coleção Novos Prosadores. Já antes publicara poesia, sob influência do presencismo, como Relevos, 1937; e o seu primeiro romance, As Sete Partidas do Mundo, valeu-lhe o Prémio Almeida Garrett, no mesmo ano em que se lhe atribuiu o Prémio António Augusto Gonçalves, de artes plásticas. Seguiram-se-lhe títulos incontornáveis, como Casa da Malta, 1945, Minas de San Francisco, 1946, Retalhos da Vida de um Médico, 1950, A Noite e a Magrugada, 1950, O Trigo e o Joio, 1954, O Homem Disfarçado, 1957, Cidade Solitária, 1959, Domingo à Tarde, 1961, O Rio Triste, 1982, entre muitos outros. Em poesia, destaca-se ainda uma antologia com o título As Frias Madrugadas, 1959. Juntem-se os títulos de reflexões, críticas, narrativas romanceadas e notas de viagem, como Diálogo em Setembro, 1966, Um Sino na Montanha, 1968, A Nave de Pedra, 1975, URSS, Mal Amada, Bem Amada, 1986, Jornal sem Data, 1988.
Algumas das suas obras mais marcantes foram adaptadas a cinema e televisão na década de 1960, outras na de 1880.
Fonte: bnportugal.pt
Mostra | Seara Nova, editora de livros | 15 set – 31 dez. | BNP
Embora o papel ímpar que a revista com o mesmo nome desempenhou na cultura portuguesa tenha sobrelevado sobre a restante atividade da Empresa de Publicidade Seara Nova, dada a conhecer em maio de 1921, o conjunto das obras que esta publicou, com aproximadamente seiscentos títulos, eleva-a à condição de uma das principais chancelas editoriais portuguesas do século XX.
2º Curso Nutrição Clínica do NENC
O Curso de Nutrição Clínica, com o tema, NUTRIÇÃO CLÍNICA… UMA NOVA GERAÇÃO, realiza-se nos dias 8, 9 e 10 de Outubro de 2021, em formato online. A inscrição no curso é gratuita, mas é obrigatória AQUI | Mais Informações, Programa Provisório e Inscrições AQUI
Curso Livre de História da Música 2021
O Curso Livre de História da Música apresenta uma diversidade de temas adequados a qualquer melómano e a intenção de enriquecer a experiência da audição de boa música. Na edição de 2021, que começa excepcionalmente em Setembro e decorre até Janeiro de 2022, vamos percorrer os meandros da orquestra e entender como funcionam as inúmeras combinações de instrumentos
Retrospectiva sobre Jacqueline Audry – Festa do Cinema Francês 2021
Anunciamos mais uma vez a parceria entre a Festa do Cinema Francês e a Cinemateca Portuguesa, que se juntam para apresentar uma retrospectiva sobre um dos nomes que importa redescobrir na história do cinema francês: Jacqueline Audry.