Notícias
Divulgação CulturalVisita guiada | Do Convento ao Campo Grande | 27 jun. | 18h00 | BNP
Do Convento ao Campo Grande
Biblioteca Nacional de Portugal 1969-2019
EXPOSIÇÃO | 30 abr. – 4 out. ’19 | Nova sala de leitura | Entrada livre
Em 1837, a Biblioteca Nacional foi instalada no antigo Convento de São Francisco, ao Chiado, na sequência da extinção das ordens religiosas. Dos conventos de todo o país chegavam coleções de livros, móveis, pinturas, instrumentos científicos, que se juntavam aos acervos iniciais, provenientes da antiga Real Mesa Censória e de importantes doações particulares.
A desadequação do lugar era evidente. Com depósitos improvisados, condições insatisfatórias para os serviços, espaços exíguos para o público, a Biblioteca estava muito longe de cumprir a sua missão como instituição cultural fundamental do país. Por concretizar ficaram sucessivos projetos de remodelação do espaço, e a intenção de se construir um novo edifício, anunciada em 1920, quando Jaime Cortesão era o seu diretor.
Em 1951, já sob a direção de Manuel dos Santos Estevens (1913-2001), foi finalmente iniciado o processo que havia de resultar na nova Biblioteca Nacional, integrada na Cidade Universitária de Lisboa, na proximidade das faculdades de Direito e de Letras, da Reitoria e do Hospital Escolar de Santa Maria. Elaborou-se então um detalhado programa funcional, informado pelas melhores práticas internacionais do momento, a partir da bibliografia disponível e de viagens de estudo especialmente realizadas para esse fim.
O arquiteto Porfírio Pardal Monteiro (1897-1957) foi contratado, em 1952, para conduzir o projeto de arquitetura, continuado por António Pardal Monteiro (1928-2011), a partir de 1957. Uma equipa multidisciplinar de jovens projetistas – infraestruturas técnicas, paisagismo, interiores e mobiliário – foi reunida no Ministério das Obras Públicas, sob a coordenação da Delegação das Novas Instalações para os Serviços Públicos (DNISP). Para o desenvolvimento do mobiliário e equipamento foram chamados profissionais com experiência recente nessa área.
O arquiteto José Luís Amorim (1924-1999) deu provas da sua capacidade de sistematização e de racionalização no projeto dos depósitos e, sobretudo, no das salas de trabalho dos serviços, combinando as exigências de funcionalidade e de hierarquia. O designer Daciano da Costa (1930-2005) ficou responsável pela arquitetura de interiores e mobiliário dos ambientes mais representativos: as salas da direção e os principais espaços de público (catálogo, leitura geral, restaurante, auditório). O desenho para algumas peças complementares ficou a cargo do arquiteto Manuel João Leal (1925-2017).
Com uma intervenção permanente e minuciosa em todo o processo, o Diretor da BN participou ativamente na recolha de informação, na avaliação e discussão das soluções; em diálogo constante com os projetistas, prestando atenção aos detalhes mais ínfimos, zelando pela garantia da funcionalidade e da representação hierárquica, esgrimindo os seus argumentos para a definição da imagem da instituição. Cada função, cada utilizador, cada ocasião – sala a sala, móvel a móvel – receberam atenção, com a preocupação de criar condições adequadas para o trabalho, de materializar um sentido de rigor e de ordem.
A operação de mudança para as novas instalações foi programada de forma detalhada, de modo a garantir a segurança e a integridade de todo o acervo. Por fim, em 10 de abril de 1969, a nova Biblioteca Nacional era inaugurada.
Em 50 anos de vida deste edifício, o esforço para adaptação às condições do presente tem sido incessante. A ampliação dos depósitos, prevista desde os primeiros momentos, concretizou-se, entre 2008 e 2012, no prolongamento da Torre de Depósitos e na construção de uma casa-forte e da sala onde esta exposição se realiza. Esta que foi a primeira grande obra de remodelação do edifício da BN incluiu um investimento fundamental na renovação de todas as instalações técnicas necessárias à segurança e conservação das coleções, segundo os melhores padrões da atualidade.
A exposição Do Convento ao Campo Grande resulta de uma parceria entre a Biblioteca Nacional de Portugal e o Centro de Investigação em Arquitetura, Urbanismo e Design da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, colaborando com o propósito de cumprir a missão da Biblioteca: construir e preservar patrimónios, estudar e divulgar a memória e a identidade coletivas.
Fonte: bnportugal.pt
Exposição | A biblioteca de Gaspar Frutuoso | 16 nov. ’22 – 18 fev. ’23 | Sala de Exposições, Piso 3
A presente exposição pretende assinalar o quinto centenário do nascimento de Gaspar Frutuoso, autor açoriano natural da ilha de São Miguel, e integra algumas dezenas de exemplares de obras que se conservam nas coleções da Biblioteca Nacional de Portugal, as quais correspondem a títulos que foram utilizados ou citados por Gaspar Frutuoso na sua grande crónica das ilhas atlânticas, Saudades da Terra.
Exposição | (Re)Descobrir Teresa Sousa. Gravura – 60 anos depois | Inauguração: 8 nov. ’22 – 18h00 | Sala de Exposições Piso 2
É a primeira vez que se apresenta publicamente uma retrospetiva da obra gravada da artista, cuja única exposição individual, intitulada Calcografia, desenho, monotipia, se realizou em 1957, na Galeria Pórtico.
Exposição | Tutankhamon em Portugal: Relatos na imprensa portuguesa 1922-1939 | Inauguração: 4 nov. ’22 – 15h00 | Sala de Referência
A descoberta do túmulo de Tutankhamon, a 4 de novembro de 1922, foi noticiada pela imprensa internacional, de forma inusitada, tornando este faraó, o arqueólogo responsável pelo achado (Howard Carter) e o seu patrocinador (Lord Carnarvon, falecido a 5 de abril de 1923) sobejamente conhecidos de milhões de leitores.
Colóquio | A independência do Brasil: Portugal e o seu Império | 17 out ’22 (14h00-18h00) – 18 out. ’22 (10h00-18h00)
Na esteira das comemorações do bicentenário da Independência do Brasil (1822), a Biblioteca Nacional de Lisboa promove um colóquio que reunirá especialistas portugueses e brasileiros sobre o tema.