Destaques
quadros comentados“Bébé ao colo da sua mãe” e “Monólogo””
Sonata nº 55
O diálogo com as crianças tem, muitas vezes, de se servir da figura tutelar dos pais, em particular, da mãe, pois estes(esta) são(é) percecionados(a) instintivamente como alguém que a protege, e o médico é, ao inverso, quase sempre visto como um “intruso”, quando não, um “agressor”. Nestes quadros, podemos percecionar muito bem esta realidade, o que deve obrigar o médico a fazer um necessário exercício de antecipação. Ao colo da mãe, certamente encontraremos uma criança confiante e com um sorriso, como pintou a artista norte-americana de origem francesa (aquela que foi uma corajosa defensora do movimento feminista, tendo deixado o maior número de registos pictóricos sobre este tema, e sido discípula do grande pintor francês, Edgar Degas, e colega de aventuras estilísticas de outra grande pintora francesa, Berthe Morisot), mas, quando sozinha, em particular no início da adolescência, poderemos depararmo-nos com alguém que literalmente se fecha como uma concha sobre si mesma e nos chega a virar a cara, como o exibe a pintora alemã Heike Ruschmeyer. Nestas circunstâncias, é preciso, acima de tudo, dar tempo ao tempo e ser paciente e compreensivo, buscando, através de estratégias alternativas, que o médico deve aprender a dominar, para contornar adequadamente esta dificuldade inicial.
“Mal de Amores”, “O Beijo”, “Homem velho com saudades”, “Autorretrato, enquanto Homem desesperado”, “Autorretrato” e “Retrato de Roma”, “Oscar Dominguez”
Um dos atributos mais nobres do médico é o de ser capaz de descodificar, através da observação clínica, os estados de alma dos seus doentes. Nas expressões faciais. No olhar. Nos gestos
“John Locke”, “Baruch Spinosa”, “Pedro Nunes”, “De humani corpis fabrica”, “Estudos de anatomia”, “Estudo Anatómico”
Existe um debate, desde há muitos anos, acerca da natureza da Medicina: Arte ou Ciência, pergunta-se? Possivelmente, direi, ambas!
“Um abraço do Universo a mim e ao Diego”, “Saudade”
O(s) autor(es) o livro intitulado “QuimioRadiolândia: Viagem sem regresso a uma fortaleza chamada oncologia”, aí escalpelizam toda problemática do relacionamento médico-doente na vertente de utilizadores dos serviços de saúde