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quadros comentados

“Uma hora de ansiedade” e “Esperança duvidosa”

“Uma hora de ansiedade” e “Esperança duvidosa”

“Uma hora de ansiedade” (1865) (Alexander Farmer, sec XIX), “Esperança duvidosa” (1875) (Frank Holl, 1845-1888)

Citação em destaque

O médico deve sempre tentar colocar-se no lugar do doente. E se fosse ao contrário? Por quem eu quereria ser tratado? E como? E onde? Este simples exercício intelectual, que deve ser um hábito instintivo imediato desde o período de formação pós-graduada e ser cultivado durante todo o seu percurso profissional, com especial pertinência sempre que o contexto clínico se situa no patamar das doenças de prognóstico funcional e vital muito reservado. Se isto for feito, o doente aceitará melhor a sua doença, encarará com mais esperança o futuro, terá menos sofrimento, e o médico sentir-se-á imensamente reconfortado por ter para isso contribuído decisivamente. Este é o principal fator da sua realização profissional. É isto que distingue quem trabalha por mera obrigação daquele que coloca devoção no que faz. E isso faz toda a diferença. Para ambos.

 

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