Destaques
quadros comentados“Jester Pejeron”, “Autorretrato”, “Autorretrato com um esqueleto” e “Autorretrato”, “Autorretrato enquanto prisioneiro de guerra”
Mazurka nº 38
Antonis Mor, foi um pintor holandês que exerceu o seu mister numa altura em que o imperador espanhol reinava também nos Países Baixos. Talvez por isso se tenha deslocado, durante algum tempo, a Espanha e, posteriormente, mesmo, a Portugal, onde retratou alguns membros da Casa Real do nosso País (Príncipe D. João, D João III, Dª Catarina, etc.). Neste quadro, podemos contemplar aquilo que se sugere ser alguém como uma hemiplegia. A causa mais frequente deste tipo de situação clínica é o acidente vascular cerebral (AVC). Sabe-se que alguns destes doentes podem apresentar, de uma forma ligeira ou grave, transitória ou definitiva, alterações da fala (quer dificuldade de articulação das palavras, quer impossibilidade de compreensão ou de expressão através da leitura ou da escrita) que limitam muito a comunicação com os circundantes, não sendo o médico exceção. Mais raramente, poderão ter distúrbios da consciência (de grau e duração também diversos), e, então, as dificuldades de comunicação serão ainda maiores. Em todas estas circunstâncias, é fundamental tentar, pelas maneiras legítimas possíveis, estabelecer algum grau de comunicação, pois desta depende, em parte, a possível recuperação do doente e o ritmo a que a mesma se possa desenrolar.
Vários pintores foram acometidos de AVC, de entre os quais os alemães Anton Raderscheidt, Lovis Corinth e Otto Dix. Segundo alguns especialistas que se têm dedicado a analisar a obra destes (e de alguns outros) artistas com idênticos antecedentes patológicos, parece terem passado a existir alterações sensíveis do ponto de vista estético, a seguir à eclosão da doença. A arte destes três pintores foi amplamente desvalorizada pelos líderes nazis, e Otto Dix, esteve mesmo preso, conforme se pode ver em vários dos seus autorretratos (incluindo no que aqui se apresenta). Lovis Corith tinha certamente uma personalidade muito sofrida, atendendo àquilo que se pode depreender nos dois autorretratos que foram selecionados, o segundo dos quais, pintado já depois do primeiro AVC, traduzindo seguramente a revolta contra a ameaça de morte que percecionou quando tomou consciência do que lhe havia sucedido.
“Mal de Amores”, “O Beijo”, “Homem velho com saudades”, “Autorretrato, enquanto Homem desesperado”, “Autorretrato” e “Retrato de Roma”, “Oscar Dominguez”
Um dos atributos mais nobres do médico é o de ser capaz de descodificar, através da observação clínica, os estados de alma dos seus doentes. Nas expressões faciais. No olhar. Nos gestos
“John Locke”, “Baruch Spinosa”, “Pedro Nunes”, “De humani corpis fabrica”, “Estudos de anatomia”, “Estudo Anatómico”
Existe um debate, desde há muitos anos, acerca da natureza da Medicina: Arte ou Ciência, pergunta-se? Possivelmente, direi, ambas!
“Um abraço do Universo a mim e ao Diego”, “Saudade”
O(s) autor(es) o livro intitulado “QuimioRadiolândia: Viagem sem regresso a uma fortaleza chamada oncologia”, aí escalpelizam toda problemática do relacionamento médico-doente na vertente de utilizadores dos serviços de saúde