Destaques
quadros comentadosMédicos na Literatura
“Miguel Torga” (sec. XX) (Guilherme Filipe, 1897-1971), “Os quatro Doutores” (William Welch (1850–1934), William Osler (1849–1919), William Halsted (1852–1922) and Howard Kelly (1858–1943) de (1906) por (John Singer Sargent, 1656-1925), “Fernando Namora” (1951) (Lima de Freitas, 1927-1998)
“Camilo Castelo Branco e Ricardo Jorge” (Fotografia do Atelier Peres & Vera, Porto)
Mazurka nº 38
A história das civilizações é, em grande parte, a das personagens de referência de uma determinada época história, nação ou mister. No que toca à realidade Portuguesa, é frequentemente feita a constatação de sempre ter havido uma certa atração dos médicos pela literatura, havendo quem aponte várias teorias explicativas para esse facto. Não serão ambas, a escrita e o exercício da medicina, no fundo, duas formas complementares de conhecermos melhor a natureza Humana? Neste sentido, poderemos estabelecer um certo paralelo entre o lugar cimeiro que ocupam, no âmbito do panorama literário nacional da segunda metade do século XX, as insignes figuras de Fernando Namora e Miguel Torga (dois bons exemplos de médicos-escritores), e a notoriedade dos quatro venerandos mestres da medicina norte-americana da primeira metade desse mesmo século, num quadro com tão sugestivo nome.
Já no que se refere à fotografia em que surgem, lado a lado, Camilo Castelo Branco e Ricardo Jorge, convém dizer que o primeiro, um dos grandes vultos das letras portuguesas da segunda metade do século XIX, foi doente do segundo, existindo uma interessantíssima troca de correspondência entre ambos, onde os assuntos relativos às políticas de saúde são objeto de abundantes referências e reflexões, cujo paralelismo com o que se vive atualmente é por demais notório e, por isso mesmo, merecedor de análise e de estudo, não só de âmbito académico, mas também político.
“Mal de Amores”, “O Beijo”, “Homem velho com saudades”, “Autorretrato, enquanto Homem desesperado”, “Autorretrato” e “Retrato de Roma”, “Oscar Dominguez”
Um dos atributos mais nobres do médico é o de ser capaz de descodificar, através da observação clínica, os estados de alma dos seus doentes. Nas expressões faciais. No olhar. Nos gestos
“John Locke”, “Baruch Spinosa”, “Pedro Nunes”, “De humani corpis fabrica”, “Estudos de anatomia”, “Estudo Anatómico”
Existe um debate, desde há muitos anos, acerca da natureza da Medicina: Arte ou Ciência, pergunta-se? Possivelmente, direi, ambas!
“Um abraço do Universo a mim e ao Diego”, “Saudade”
O(s) autor(es) o livro intitulado “QuimioRadiolândia: Viagem sem regresso a uma fortaleza chamada oncologia”, aí escalpelizam toda problemática do relacionamento médico-doente na vertente de utilizadores dos serviços de saúde