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quadros comentados

“A Primeira utilização do éter em estomatologia”, “Prelúdio” e “Moderna Cirurgia e anestesia”

“A Primeira utilização do éter em estomatologia”, “Prelúdio” e “Moderna Cirurgia e anestesia”
“A Primeira utilização do éter em estomatologia”, “Prelúdio” e “Moderna Cirurgia e anestesia”
“A Primeira utilização do éter em estomatologia” (1848) (Ernst Board, 1877-1934) (Coleção Wellcome), “Prelúdio” (1948) (Barbara Hepworth, 1903-1975) e “Moderna Cirurgia e anestesia” (1940) (Charles Alston, 1907-1977)
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O primeiro destes quatro quadros é dos mais icónicos registos pictóricos da evolução da História da Medicina, constando em quase todos os livros que abordam esta temática. A utilização da anestesia (neste caso, com éter) possibilitou grandes avanços na técnica operatória que se lhe seguiram. A comunicação entre o médico e o doente faz-se, neste contexto, no pré e no pós-operatório e, muito importante ainda, durante a fase de recuperação progressiva da consciência que se segue à intervenção cirúrgica, em que a voz e o tato assumem particular relevância, como se subentende nos outros três quadros.

Enquanto a autora do segundo quadro, uma apreciada artista plástica do Reino Unido, talvez se tenha motivado a pintar vários temas médicos por se ter defrontado com a brutalidade da perda imprevista do filho mais velho, vítima num acidente quando este estava ao serviço da aviação de guerra britânica, o autor dos últimos dois quadros, natural dos EUA, foi o primeiro pintor afro-americano a adquirir notoriedade, pois retratou figuras cimeiras do jazz (Duke Ellington e Coleman Hawkins) e da política (Martin Luther King), para além de ter obras expostas no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MOMA). Foi influenciado pelos muralistas mexicanos, tendo pintado, a convite, alguns painéis nas paredes do Hospital de Harlem, em Nova Iorque, de que os dois últimos quadros são exemplo.

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