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“As instruções do clínico”, “A família”, “O grupo do Leão”

“As instruções do clínico”, “A família”, “O grupo do Leão”
“As instruções do clínico”, “A família”, “O grupo do Leão”
“As instruções do clínico” (1882), (Emmery Rongahl, 1858-1914), “A família” (1918) (Egon Schiele, 1890-1918), “O grupo do Leão” (1885) (Columbano Bordalo Pinheiro, 1857-1929)
Citação em destaque

Uma visão possível da multidimensionalidade da doença e do doente que deve ser considerada, é quando as queixas clínicas que alguém apresenta resultam antes da disfunção relacional interpessoal no interior da estrutura familiar, ou, de um grupo, no seio do qual estas sejam muito significativas para uma determinada pessoa que procura ajuda de um clínico. Por vezes, essas queixas são vagas e não imediatamente enquadráveis numa qualquer doença específica aparente. Neste âmbito, temos de considerar que a família deve aqui ser entendida, assim, num sentido lato, porque mais do que aquela que resulta dos laços genéticos ou da que decorre diretamente da lei, existem outros núcleos relacionais que podem ser, tão ou mais importantes, para uma determinada pessoa, em determinados contextos, do que aquilo que é geralmente considerado no estrito conceito clássico. Em todos estes contextos, a relação terapêutica poderá exigir, muito mais do que uma entrevista clínica ou uma prescrição decorrente do relacionamento do típico dueto médico e doente, tal como se depreende no quadro da pintora dinamarquesa Emmery Rongahl, para passar a considerar o doente na sua dimensão plural, seja como se constata no quadro “A família”, do grande pintor austríaco, Egon Schiele, ou, noutra dimensão ainda maior, no âmbito de um grupo, como o que foi pintado pelo génio do artista português Columbano Bordalo Pinheiro.

 

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