Destaques
quadros comentados
“Claude Bernard e os seus discípulos”, “Aula de Charcot na Salpêtriére”, “José de Latamendi”
“Claude Bernard e os seus discípulos” (1899) (Leon Lhermite, 1886-1925), “Aula de Charcot na Salpêtriére” (1887) (Pierre-André Broquillet, 1867-1914), “José de Latamendi” (1898) (Peña Muñoz, 1863-1940)
Concerto para violino nº 8 em E menor
Aceitando a condição, segundo a qual, só se pode fazer uma súmula adequada de algo, quando se compreenderam antes, na íntegra, as respetivas premissas, e cujo conteúdo se pretende vir a resumir e a tornar inteligível aos outros, então, os quadros e os protagonistas representam certamente alguns, de um grupo restrito, dos que poderiam (ou deveriam) ser selecionados. Trata-se, primeiro, de dois “monstros sagrados” da medicina francesa e universal, tidos como verdadeiros esteios responsáveis pela subordinação desta área do conhecimento humano à metodologia científica de estudo, tendo, dessa forma, contribuído decisivamente para a sua emancipação definitiva do empirismo amadorístico que vigorou durante séculos. Claude Bernard foi o grande introdutor da fisiologia, como ramo da medicina que permitiu passar a conhecer o funcionamento dos órgãos e a interdependência funcional dos sistemas. Charcot, foi um dos fundadores da Neurologia e da própria Psiquiatria, e o primeiro a interessar-se pelo estudo das doenças através da pintura, tendo analisado, em profundidade, as patologias retratadas num conjunto notável de obras, no seu interessante livro, intitulado “Les difformes et les malades dans l´art”. Este interesse teve, posteriormente, muitos outros cultores ao longo de todo o século XX, de entre os quais se destaca o casal de cientistas ingleses, Alan e Marcia Emery, autores de vários artigos e de alguns livros alusivos, que abordam este tema de forma exaustiva.
Duas outras contribuições para o estudo e divulgação desta problemática merecem ainda destaque. A primeira, a criação de um “site” eletrónico (“painthealth.worlpress.com”), pela direção da Biblioteca de Ciências da Saúde da Universidade da Corunha, na vizinha Galiza, de acesso generalizado a todos os interessados. Por último, a existência de um dos maiores repositórios de peças museológicas, a nível mundial, na Coleção Wellcome, em Londres, cujo museu pode ser visitado, e, a partir do qual, têm sido efetuadas algumas publicações de realce.
O conhecimento deste tema, certamente que enriqueceria muito, do ponto de vista cultural e humanístico, o próprio médico, pois considera-se, presentemente, ser fundamental que as disciplinas ligadas às Humanidades façam parte do ensino universitário, na senda do que ficou expresso pela grande figura da medicina catalã, José de Latamendi, também ele aqui retratado, pois foi um notável intelectual, académico, anatomista, filólogo, matemático, filósofo, político, e amante da música e da pintura, enquanto verdadeiro autor da mais do que famosa frase “quem só sabe medicina, nem medicina sabe”.
Outros quadros comentados:
“Mal de Amores”, “O Beijo”, “Homem velho com saudades”, “Autorretrato, enquanto Homem desesperado”, “Autorretrato” e “Retrato de Roma”, “Oscar Dominguez”
Um dos atributos mais nobres do médico é o de ser capaz de descodificar, através da observação clínica, os estados de alma dos seus doentes. Nas expressões faciais. No olhar. Nos gestos
“John Locke”, “Baruch Spinosa”, “Pedro Nunes”, “De humani corpis fabrica”, “Estudos de anatomia”, “Estudo Anatómico”
Existe um debate, desde há muitos anos, acerca da natureza da Medicina: Arte ou Ciência, pergunta-se? Possivelmente, direi, ambas!
“Um abraço do Universo a mim e ao Diego”, “Saudade”
O(s) autor(es) o livro intitulado “QuimioRadiolândia: Viagem sem regresso a uma fortaleza chamada oncologia”, aí escalpelizam toda problemática do relacionamento médico-doente na vertente de utilizadores dos serviços de saúde