Notícias
Divulgação CulturalExposição | Jorge de Sena (1919-1978). As máscaras do Poeta | 19 nov. | 18h30 | BNP
Jorge de Sena (1919-1978): as máscaras do Poeta
EXPOSIÇÃO | 19 nov. ’19 | 18h30 | Sala de Exposições Piso 2 | Entrada livre / até 29 fev. ’20
Jorge de Sena nasceu em Lisboa, a 2 de novembro de 1919.
De família com tradição da Marinha, e pai comandante da Marinha Mercante, o mar parecia ser o seu destino. Foi cadete ainda jovem, viajando na Sagres até ao Brasil e depois para África. Começa a escrever poesia aos 16 anos. Após frequentar a Universidade de Lisboa, faz o curso de Engenharia, no Porto, integrando-se na então chamada Junta Autónoma das Estradas. Estreia-se como crítico literário em 1939, com um ensaio sobre a poesia moderna, e logo após, na Presença, com um texto sobre Fernando Pessoa. O primeiro conto, «Porto Grande», é publicado em 1942, ano em que publica também o seu primeiro livro de poemas, Perseguição, iniciando a sua colaboração nos Cadernos de Poesia, 2ª. Época, além de outras revistas literárias, como Aventura, na qual publica o «Meu Rimbaud», ensaio baseado na primeira conferência (1941). Colabora em várias revistas nos anos 40 e 50, integrando os respetivos conselhos editoriais, e trabalha também para editoras como Portugália, Ulisseia, Livros do Brasil. Foi professor nas Faculdades de Letras de Assis e de Araraquara, no Brasil (entre 1959 e 1965), e depois nos Estados Unidos, em Madison, no Wisconsin (1965-1970) e na Universidade da California, em Santa Barbara (1970-1978), cidade onde faleceu a 4 de junho de 1978.
A sua obra, além de mais de 12 livros de poesia (sem incluir antologias e edições póstumas), abarca o conto (Andanças do demónio e Novas andanças do demónio, Os grão-capitães), o romance (Sinais de fogo), o teatro (O Indesejado, Mater imperialis, Amparo de mãe, etc.), e a tradução de obras de ficção (Hemingway, Faulkner, Erskine Caldwell, Thomas Love Peacock, Graham Greene, DuBose Heyward, Evelyn Waugh, etc.) e de poesia (Cavafi, Emily Dickinson, poemas ingleses de Fernando Pessoa, e dezenas de outros poetas, reunidos em Poesia de 26 séculos). Acresce a extensa obra crítica e erudita, que abrange temas que vão da Idade Média ao Renascimento, ao hispanismo e à contemporaneidade, dentro destes destacam-se Inês de Castro, os estudos sobre Camões (incluindo a tese de doutoramento sobre Uma Canção de Camões e o Soneto Quinhentista Peninsular), Maquiavel, Marx, Florbela, Pessoa, a literatura brasileira, a geração da Presença, até à poesia moderna e contemporânea, entre outros. Jorge de Sena também se dedica à crítica de cinema (reunida em Sobre Cinema) e de teatro (reunida em Do teatro em Portugal). No Brasil, colabora no Portugal Democrático entre outras atividades antifascistas. Exilado duas vezes, afirma num poema:
Eu sou eu mesmo a minha pátria. A pátria
de que escrevo é a língua em que por acaso de gerações
nasci. E a do que faço e de que vivo é esta
raiva que tenho de pouca humanidade neste mundo
quando não acredito em outro, e só outro quereria que
este mesmo fosse.
Não morreu velho, como pensou quando tomava o seu café em Creta com o Minotauro.
Fonte: bnportugal.pt
Outros artigos em Divulgação Cultural:
SETEMBRO NO AUDITÓRIO | ESPECTÁCULOS GRATUITOS
Segunda | 9 Setembro | 19.00 – Raquel Marinho e Filipe Raposo dão voz aos poemas de António Ramos Rosa, homenageando o autor que afirmou “escrevo tentando ouvir o rumor do desconhecido”. Segunda | 30 Setembro | 19.00 – Eduardo Ramos [voz e alaúde árabe] e Carlos Mendonça [flauta e percussão] interpretam cantigas dos séculos XIII a XVI, oriundas de três culturas distintas.
CONCERTO COMENTADO | ZECA AFONSO. Estudos Musicais para dois Violoncelos | 2 set. ’24 | 17h30 | Auditório
No âmbito das Comemorações Oficiais dos 50 Anos do 25 de Abril, em parceria com a Direcção-Geral das Artes e a Associação José Afonso (AJA), os Violoncelos de José Afonso apresentam o concerto comentado: “Zeca-Afonso – Estudos Musicais para Dois Violoncelos”
21 JULHO | NUMA NOITE DE VERÃO | CONCERTO
Música com lugar de honra no nosso imaginário colectivo: a abertura da ópera Don Giovanni e a Sinfonia N.º 40 [Mozart], e a visão de Mendelssohn para o clássico de Shakespeare, Sonho de uma Noite de Verão.
COLÓQUIO | Filosofia da História em Portugal (1870-2000) | 24-25 jun. ’24 | 14h00
Promovido pelo Instituto de Filosofia Luso-Brasileira (IFLB), em parceria com o Movimento Internacional Lusófono (MIL) e a Revista NOVA ÁGUIA, o Colóquio sobre a Filosofia da História em Portugal (1870-2000), parte da reflexão dos mais significativos filósofos portugueses do último século e meio