Destaques
quadros comentados“Madona e o menino” e “A adoração de Cristo Criança”
“Madona e o menino” (1460) (Adrea Mantegna, 1431-1506) e “A adoração de Cristo Criança” (1515) (Jan Kalkar, 1460-1619)
Sonata nº 55
O aconselhamento genético é um dos grandes avanços da medicina moderna e permite, em muitas circunstâncias, identificar precocemente a presença de malformações graves que surgem “in útero”, ou predizer o risco de um determinado casal gerar um filho portador de uma doença que seja transmitida por qualquer um dos progenitores ou, mesmo, mais raramente, em simultâneo, por ambos. Sobretudo se comportar um elevado risco de poder condicionar grandemente a sua futura qualidade vida, ou, ainda, se for eventual causa de morte precoce. O caso paradigmático é a trissomia do cromossoma XXI, também conhecida por Síndrome de Down, mogoloidismo ou mongolismo. Estes quadros representam muito bem a figura de Cristo, em criança, com um fácies bastante sugestivo desta condição patológica. Desconhece-se o que terá motivado o pintor flamengo Jan Kalkar a pintar este quadro, mas o que se sabe é que o seu colega italiano, Andrea Mantegna, tinha uma grande prole, e um dos seus filhos padecia precisamente desta enfermidade, o que lhe poderá ter despertado esta vontade de o retratar enquanto filho de Deus. Talvez, por isso, aguardasse um qualquer milagre que o poupasse ao sofrimento de ver crescer um filho que seria completamente diferente de todos os demais….
Esta temática remete, obviamente, não só para a aceitação do nosso semelhante que nasceu diferente, mas, igualmente, para a obrigação de apoio social e psicológico às famílias que geram e criam estas crianças. A sua dignidade, enquanto seres humanos, é idêntica à dos restantes cidadãos, não devendo, nem podendo haver lugar às teorias eugenistas tão propaladas pelos denominados “médicos da morte” dos campos de concentração e extermínio, do regime nazi de má memória.
Outros quadros comentados:
“Mal de Amores”, “O Beijo”, “Homem velho com saudades”, “Autorretrato, enquanto Homem desesperado”, “Autorretrato” e “Retrato de Roma”, “Oscar Dominguez”
Um dos atributos mais nobres do médico é o de ser capaz de descodificar, através da observação clínica, os estados de alma dos seus doentes. Nas expressões faciais. No olhar. Nos gestos
“John Locke”, “Baruch Spinosa”, “Pedro Nunes”, “De humani corpis fabrica”, “Estudos de anatomia”, “Estudo Anatómico”
Existe um debate, desde há muitos anos, acerca da natureza da Medicina: Arte ou Ciência, pergunta-se? Possivelmente, direi, ambas!
“Um abraço do Universo a mim e ao Diego”, “Saudade”
O(s) autor(es) o livro intitulado “QuimioRadiolândia: Viagem sem regresso a uma fortaleza chamada oncologia”, aí escalpelizam toda problemática do relacionamento médico-doente na vertente de utilizadores dos serviços de saúde