Notícias
Divulgação CulturalLançamento | De Escravos a Indígenas | 5 dez. | 18h30 | BNP
![Lançamento | De Escravos a Indígenas | 5 dez. | 18h30 | BNP Lançamento | De Escravos a Indígenas | 5 dez. | 18h30 | BNP](https://www.josepocas.com/wp-content/uploads/2019/12/escravosp.jpg)
De Escravos a Indígenas
LANÇAMENTO | 5 dez. ´19 | 18h30 | Auditório | Entrada livre
Apresentação por Inocência Mata da obra de Isabel Castro Henriques, numa edição Caleidoscópio.
O livro, que reúne um conjunto de textos escritos ao longo de quarenta anos e dispersos em publicações de natureza diversa, nem sempre de acesso fácil, tem como objetivo contribuir para uma renovação da historiografia relativa às relações entre Portugal e África, no domínio concreto das formas de instrumentalização dos Africanos levadas a cabo pelos Portugueses durante quase cinco séculos. Um longo processo, cuja natureza interna se revelou capaz de metamorfose e reconversão nos séculos XIX e XX, assegurando a continuidade do «uso» violento das populações africanas, recorrendo a um aparelho classificatório novo – selvagens, indígenas, assimilados – destinado a manter os Africanos na esfera da dominação portuguesa, contribuindo para legitimar a sua escravização e fixar interpretações deformadoras da História.
Se uma primeira vertente visa proceder a uma revisão da história da escravatura e do tráfico negreiro e das suas ideologias nos espaços de «ocupação» portuguesa, como Angola, uma segunda linha de estudo privilegia o documento iconográfico como fonte histórica, sublinhando a sua dimensão histórica e informativa. Finalmente, a terceira linha deste estudo procura pôr em evidência a evolução do processo de instrumentalização portuguesa dos Africanos, que recorre a categorias classificatórias inéditas – selvagem, indígena, assimilado – e a práticas que emergem do trabalho escravo do passado para assegurar a exploração colonial das populações africanas.
Juízos de valor, mercantilização, coisificação, exploração, ridicularização dos homens africanos fabricaram imaginários portugueses que reduziram o preto/africano a escravo, o selvagem/indígena a preguiçoso, ladrão e bêbado, o assimilado/«civilizado» a cópia ridícula e negativa do branco/português, consagrando a inferiorização dos Africanos, e no mesmo movimento, glorificando a «raça» portuguesa, hierarquizando as humanidades e valorizando a dimensão e a natureza das ações portuguesas primeiro esclavagistas, depois colonialistas, que deixaram marcas até hoje na sociedade portuguesa.
Fonte: bnportugal.pt
Outros artigos em Divulgação Cultural:
![AULAS DE DANÇA MENSAIS | Danças Antigas. Danças Barrocas | 28 out. ’23 a 22 jun. ’24 | 10h00-13h00 | Sala de Azul](https://www.josepocas.com/wp-content/uploads/2023/10/aulasfeat.jpg)
AULAS DE DANÇA MENSAIS | Danças Antigas. Danças Barrocas | 28 out. ’23 a 22 jun. ’24 | 10h00-13h00 | Sala de Azul
Designamos por Dança Antiga o repertório coreográfico pertencente às cortes europeias entre os séculos XV e XVIII, com especial destaque para as fontes coreográficas escritas que, tendo chegado aos nossos dias, nos informam sobre a cultura e os hábitos palacianos.
![25 OUTUBRO | ARTE EM TEMPOS DE GUERRA: CONVERSA COM ARTISTAS UCRANIANAS EM PORTUGAL](https://www.josepocas.com/wp-content/uploads/2023/10/artefeat.jpg)
25 OUTUBRO | ARTE EM TEMPOS DE GUERRA: CONVERSA COM ARTISTAS UCRANIANAS EM PORTUGAL
Kamilla Yanar, Valerie Karpan e Maryna Marinichenko propõem-se relatar, na primeira pessoa, as suas experiências enquanto refugiadas em Portugal desde 2022: a residência artística em Alcobaça, as adaptações a uma nova realidade e a intersecção entre as condições de refugiada e artista.
![COLÓQUIO | Eduardo Lourenço e o Espírito da Heterodoxia (…) | 23 out. (FL-ULisboa) e 24 out. (BNP) ’23 | 15h00-19h00 | Auditório](https://www.josepocas.com/wp-content/uploads/2023/10/elfeat.jpg)
COLÓQUIO | Eduardo Lourenço e o Espírito da Heterodoxia (…) | 23 out. (FL-ULisboa) e 24 out. (BNP) ’23 | 15h00-19h00 | Auditório
Durante décadas, Eduardo Lourenço criou uma obra complexa com muitas bifurcações por campos e caminhos labirínticos de um pensamento dinâmico e inovador, onde Portugal e a problemática da cultura portuguesa têm grande visibilidade, sempre inscrita no horizonte global do pensamento europeu e da situação contemporânea
![CONGRESSO INTERNACIONAL | Guerra Junqueiro – Memória de um século (1923-2023). De Guerra Junqueiro a Basílio Teles | 17 out. ’23 | 09h30-18h30](https://www.josepocas.com/wp-content/uploads/2023/10/junfeat.jpg)
CONGRESSO INTERNACIONAL | Guerra Junqueiro – Memória de um século (1923-2023). De Guerra Junqueiro a Basílio Teles | 17 out. ’23 | 09h30-18h30
Em parceria com o Instituto de Filosofia Luso-Brasileira, a Universidade Católica Portuguesa e o Instituto de Filosofia da Universidade do Porto, o MIL: Movimento Internacional Lusófono e a Revista NOVA ÁGUIA promovem um Colóquio sobre Guerra Junqueiro e Basílio Teles, por ocasião do centenário do falecimento destes dois vultos maiores da cultura portuguesa