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Ciclo de Conferências | Literatura Escrita por Mulheres – Nos primórdios da literatura infantil brasileira e portuguesa | 30 jan. | 18h00 | BNP

Ciclo de Conferências | Literatura Escrita por Mulheres - Nos primórdios da literatura infantil brasileira e portuguesa | 30 jan. | 18h00 | BNP

Literatura Escrita por Mulheres – Mulheres nos primórdios da literatura infantil brasileira e portuguesa
CICLO DE CONFERÊNCIAS | 30 jan. ’20 | 18h00 | Auditório | Entrada livre | Programa

Isabel Araújo Branco organiza a edição de 2019/2020 das conferências dedicadas a «Literatura Escrita por Mulheres», a terceira deste ciclo de encontros realizado no âmbito da linha de investigação «História das Mulheres e do Género», do CHAM-Centro de Humanidades NOVA.

A História tem vindo a ser escrita ao longo do tempo como um construto que generaliza a vivência humana através da padronização do e no masculino. História sem género, dir-se-ia, mas que afinal exclui as mulheres da história. A historiografia tem construído barreiras de análise cultural, social, religiosa e política que excluem as mulheres.

Com coordenação de Maria Barreto Dávila, a linha de investigação «História das Mulheres e do Género», do CHAM pretende contrariar esta tendência e constituir-se como uma área de investigação inovadora e multidisciplinar.

Mulheres nos primórdios da literatura infantil brasileira e portuguesa

A história da literatura infantil na Europa e na América demonstra que os livros para crianças, desde sua popularização no século XIX, têm sido objeto de grandes investimentos editoriais e comerciais. Poderosos veículos de representações sociais e políticas, tornaram-se o tipo de impresso mais sujeito à censura, oficial ou não, podendo ser exercida em diversos momentos entre a produção do livro e a sua recepção pela criança-leitora. No Brasil, os homens tiveram mais destaque na produção da literatura infantil em seus primórdios, com poucas exceções. Portugal contou com maior presença feminina na edição, escrita, ilustração e em outras fases do ciclo de vida do impresso infantil. Ao investigarmos as fontes, percebemos que diferenças de gênero na autoria se refletem nas escolhas temáticas e em distintas representações do masculino e do feminino. Do ponto de vista das trajetórias intelectuais, cabe inquirir a função da relação mulher-criança naquele contexto, para a construção da identidade intelectual de mulheres que se dedicaram à literatura infantil. Seja como um fator hierarquizador de autoridade, atividades e bens culturais resultantes, seja como elemento componente de uma identidade e lugar social a ela correspondente. Embora muitos intelectuais reconhecidos tenham se dedicado a escrever para crianças, e a maioria dos “gênios” da literatura infantil seja do sexo masculino, há uma percepção difusa dessa atividade como fem­­inina e de pouco valor intelectual. Nas palavras de Eça de Queirós: “senhoras inteligentes e pobres se poderiam empregar em escrever essas fáceis histórias” (1881). Eça nunca se arriscou a escrever “fáceis histórias”, mas mulheres inteligentes utilizaram estrategicamente essa mídia para pôr em prática seus projetos políticos e culturais, atuando como intelectuais mediadoras (Gomes e Hansen, 2016).

Patrícia Santos Hansen: Possui doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo. É investigadora integrada do CHAM-Centro de Humanidades da Universidade Nova de Lisboa, membro da International Federation for Public History (IFPH) e da International Research Society for Children’s Literature (IRSCL). Lecionou na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e na Universidade de Lisboa. Foi Marie Curie Fellow no Instituto de Educação (IEUL) e investigadora visitante no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS) com bolsa de cientista convidado da Fundação para a Ciência e Tecnologia de Portugal (FCT). Realizou pós-doutorado no Centro de Pesquisa e Documentação em História Contemporânea do Brasil (CPDOC-FGV) com o apoio do Programa Nacional de Apoio ao Pós-Doutorado da CAPES/FAPERJ e na Fundação Casa de Rui Barbosa com uma bolsa de pós-doutorado sênior da FAPERJ. É co-organizadora do livro Intelectuais mediadores: práticas culturais e ação política que ganhou o Prêmio Literário Sérgio Buarque de Hollanda da Biblioteca Nacional na categoria «Ensaio Social», em 2017. Tem pesquisas e publicações sobre história da historiografia e ensino de história, história e patrimônio do livro e da leitura, com ênfase na literatura infantil e intelectuais, com projetos políticos de mediação cultural. Tem interesses de investigação e ensino nas áreas da história intelectual e do gênero, história pública e metodologias de pesquisa e ensino de história.

Fonte: bnportugal.pt

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A livre circulação de pessoas e trabalhadores é um dos pilares da União Europeia. Desde 1996, a diretiva sobre trabalhadores destacados na Europa permite a qualquer empresa da UE enviar temporariamente os seus colaboradores para outro país membro. Contudo, poucas mulheres beneficiam de todas as oportunidades que lhes são oferecidas pelo mercado de trabalho europeu.

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