Notícias
Divulgação Cultural
Mostra | Al-Muʿtamid: poeta do Gharb al-Andalus | 3 fev. | 18h00 | BNP
Al-Muʿtamid: poeta do Gharb al-Andalus
MOSTRA | 3 fev. ’20 | 18h00 | Sala de Referência | Entrada livre / até 9 maio ’20
quem vive dos ardis da ilusão
e, assim, se aparta do amigo
poderá encontrar consolação?
Al-Muʿtamid, tr. A. Alves
Al-Muʿtamid ibn ʿAbbād (Beja, 1040 – Agmate, 1095), poeta árabe do al-Andalus e rei de Sevilha durante o período islâmico medieval da Península Ibérica, é homenageado nesta mostra, comissariada por Fabrizio Boscaglia, Maria João Cantinho e Hugo Maia, nos 980 anos do seu nascimento.
Pretende-se através da presente iniciativa destacar sobretudo a figura de Al-Muʿtamid enquanto poeta, assim como a sua ligação às cidades de Beja e Silves no ocidente peninsular (em árabe, Gharb al-Andalus), e ainda aspetos da sua receção e interpretação em Portugal e a nível internacional e interdisciplinar.
Os versos de al-Muʿtamid, a sua vida e as suas peripécias ao longo dela – sobretudo com o seu amigo, grão-vizir e poeta de Silves, Ibn ʿAmmār (1031–1086) –, têm inspirado muitos autores, intelectuais, artistas e músicos ao longo dos séculos e nas várias culturas do mundo. Entre eles, a mostra destaca Fernando Pessoa, bem como o intelectual e ativista andaluz Blas Infante Pérez, ambos tendo contribuído, na década de 1920, para a salvaguarda do legado cultural do próprio al-Muʿtamid.
A bibliografia dedicada ao poeta árabe a nível internacional é muito vasta, quer em termos de traduções, quer de estudos, quer ainda de reinterpretações artísticas, refletindo uma personagem histórica e literária de grande importância. No que respeita a Portugal, na presente mostra são ressaltados trabalhos de alguns estudiosos, tradutores, historiadores e arabistas contemporâneos, entre os quais Garcia Domingues, António Borges Coelho e Adalberto Alves. Do arquivo privado deste último, vem uma parte do material da mostra, a integrar livros e documentos do acervo da Biblioteca Nacional de Portugal.
Esta iniciativa decorre no mesmo período da mostra «Adalberto Alves: 40 anos de vida literária». Às duas mostras são associadas visitas guiadas* e atividades de extensão:
29 fev. – Passeio guiado «Lisboa Árabe» por Natália Nunes (passeio a pé por Alfama e Mouraria – mais info em breve)
11 mar. – Projeção filme «Al-Mu’tamid: o destino de um príncipe» (RTP-Ensina)
8 abr. – Sessão de leitura de poemas de Al-Mu’tamid e Adalberto Alves
7 maio – Jornada de estudos «Poesia e cultura luso-árabe»
Fonte: bnportugal.pt
Outros artigos em Divulgação Cultural:
COLÓQUIO | A Mensagem de Fernando Pessoa: Leituras Filosóficas. Nos 90 anos do livro Mensagem (1934-2024) | 9 dez. ’24 | 09h40 | Auditório
No âmbito da comemoração dos 90 anos da publicação do livro Mensagem de Fernando Pessoa (1934), o presente colóquio pretende abrir um espaço de diálogo em torno da dimensão filosófica desta obra épico-lírica pessoana, tendo em vista uma perspetiva universalista do texto
CONVERSA | Sovietes, Judeus e Poetas. Uma Conversa com o historiador Yuri Slezkine | 5 dez. ’24 | 18h00 | Sala de Formação
Yuri Slezkine foi durante vários anos professor na Universidade de Berkeley, em cuja escola de estudos pós-graduados continua a ensinar. Os seus trabalhos tornaram-se uma referência fundamental para quem estuda a história do comunismo.
MOSTRA | Bartolomeu de Gusmão: um cientista polémico | Inauguração – 28 nov. ’24 | 18h00 | Sala de Referência
Pretende-se com a presente exposição evocar o tricentenário da morte de Bartolomeu Lourenço de Gusmão. Nela são sublinhadas as múltiplas facetas que caracterizam a sua obra: o cientista, com particular realce para a invenção de um engenho de ar aquecido, mais leve do que o ar – a famosa “A Passarola” -, o historiador, o poeta, o orador sacro, o jurista, o académico, o bibliófilo e o assessor de D. João V
ENCONTRO | Byron 200 – Bicentenário da morte de Lorde Byron | 25 nov. ’24 | 15h00 | Auditório
Em 2024 assinalamos os 200 anos da morte de Lord Byron (1788-1824), uma das primeiras celebridades modernas literárias inglesas que se fez rodear frequentemente dos escândalos que o eternizaram, a par da sua obra poética