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Exposição | O Cântico dos Cânticos – Beija-me com os beijos da tua boca | 2 out. – 30 nov. | BNP

Exposição | O Cântico dos Cânticos - Beija-me com os beijos da tua boca | 2 out. - 30 nov. | BNP

O Cântico dos Cânticos
Beija-me com os beijos da tua boca

EXPOSIÇÃO | 2 out .- 30 nov. ’20 | Sala de Exposições – Piso 3 | Entrada livre

> A visita à Exposição obriga à desinfeção das mãos à entrada do edifício e ao uso de máscara até à saída das instalações

Esta exposição, dedicada ao Cântico dos Cânticos, visa reconstituir a atmosfera e recriar o imaginário do célebre poema bíblico do amor,

O Cântico dos Cânticos, celebrado livro de amor do Antigo Testamento, atribuído a Salomão, datado por especialistas entre o XIII e o VII século a.C. (período do florescimento da literatura amorosa do Egipto), e no registo escrito entre o séc. VI e IV a.C, de extraordinária irradiação mundial, recolheu o legado da poesia de amor do Oriente antigo e tem vindo a inspirar todas as expressões da arte, desde há vários séculos, na literatura, nas artes plásticas, na dança, na música e no cinema.

A exposição, que inclui as imagens mais emblemáticas que, em Portugal, lhe foram dedicadas, é composta em maioria por obras do século XV até aos nossos dias, provenientes da coleção particular do poeta Gonçalo Salvado, completada e enriquecida com outras pertencentes ao acervo da própria Biblioteca Nacional e de diversas entidades nacionais, quer no plano das versões e traduções, quer na poesia, no teatro e no ensaio, ou em títulos cuja influência deste texto matricial é notória.

A vastíssima iconografia, com expressão privilegiada em Portugal, onde no século XVII e XVIII é um caso único na Europa, está representada na pintura de Bento Coelho da Silveira (Lisboa, 1617 – Lisboa, 1708); na escultura em bronze Sulamite (1909) da Terceira Duquesa de Palmela, Maria Luísa de Sousa Holstein (1841-1909), premiada no Salon de Paris (1884), na xilogravura de João Carlos Celestino Gomes (1899 – 1960), na ilustração do mestre Lima de Freitas (1927–1998), na litografia do escultor José Rodrigues (1936 -2016), no desenho do escultor João Cutileiro (1937) e na pintura de Emília Nadal (1938), a primeira artista portuguesa a dialogar com o Cântico dos Cânticos no século XX, entre outras obras de igual importância e relevo. Está também representada, simbolicamente, com uma cópia de um painel pintado por António Oliveira Bernardes, cerca de 1710.

Esta exposição representa uma antecâmara do grande projeto de investigação sobre o Cântico dos Cânticos na galáxia de língua portuguesa, desenvolvido durante cerca de uma década por Gonçalo Salvado e pela crítica de arte, Maria João Fernandes.

Nenhum poema ao longo do tempo despertou tanto fascínio e deu origem a tantas traduções e interpretações como o Cântico dos Cânticos, o mais sublime e exaltante dos poemas amorosos.

Fonte: bnportugal.pt

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Quando no final dos anos 50 e princípios de 60 se tornou evidente uma crise no regime do Estado Novo, logo acompanhada do início da guerra colonial, a historiografia portuguesa dava já sinais de renovação, em contacto com as práticas e teorias que noutras geografias se iam desenvolvendo. O Dicionário de História de Portugal (1963-71) de Joel Serrão, foi então uma expressão dessa mudança que se vinha desenhando desde o pós-guerra

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