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Lançamento | Viagem maior | 10 dez. | 18h00 | BNP

Lançamento | Viagem maior | 10 dez. | 18h00 | BNP

Viagem maior
LANÇAMENTO | 10 dez. ’20 | 18h00 | Auditório | Entrada livre (limitada a 21 lugares, com inscrição prévia para rel_publicas@bnportugal.gov.pt)

Lançamento da obra de Duarte Belo e João Abreu, numa edição Museu da Paisagem, com apresentação por Henrique Pereira dos Santos e pelos autores.

Duarte Belo desenhou uma viagem que resume mais de trinta anos de mapeamento fotográfico da paisagem e da arquitetura portuguesas. João Abreu partiu, solitário, para a estrada para fazer os 6000 quilómetros delineados, distância permitiria ligar o Cabo da Roca aos Montes Urais, na Rússia, o limite terrestre da Europa. A Viagem Maior é o cruzamento e o encontro de dois olhares sobre o espaço e o tempo de um território concreto. Neste diálogo sobre uma linha, entre o Picoto da Melriça e a Ponta da Erva, apontamos o retrato de um país cujos contornos se desvanecem num interminável labirinto.

Com Caminhar Oblíquo e Depois da Estrada, este volume fecha a trilogia Portugal 15-5-20, reflexões sobre o país e a condição de viajante.

Sobre a trilogia Portugal 15-5-20

As três viagens estabelecem uma sequência entre si. A primeira, Caminhar Oblíquo, é talvez a mais coerente em termos de itinerário, mais vinculada a um conceito geográfico claro – o atravessamento de uma sucessão de cristas montanhosas que dividem o norte Atlântico do sul Mediterrânico. Depois da Estrada é uma linha de norte a sul pelo Portugal dito «interior», tentando evitar a passagem por povoados de maior dimensão. Com a primeira viagem partilha este facto de procurar um certo vazio, mas aqui as condições foram muito diferentes uma vez que a viagem foi feita de automóvel. O conceito da Viagem Maior é mais difícil de objetivar por palavras que não se relacionem com o desejo de percorrer um país inteiro. Mas o desenho desta viagem tem uma relação estrita com o anterior. Depois da Estrada desenha o eixo da Viagem Maior, de um país que se abre ao mar e de um outro que continua a ter pouca relação com Espanha e que se empobrece com o isolamento acentuado. O fim da última viagem, na Ponta da Erva, é o fim de um desenho mas, simultaneamente, o desejo de continuar. O Mar da Palha é já um oceano imaginário.

As linhas de viagem dos três itinerários percorridos, uma grafia, quão escrita, mostram-nos o recorte de um país inteiro, uma aproximação à representação do espaço português. Era esta realidade que procurávamos. Deixa de haver uma linha para nos ser devolvida a fronteira, os limites de uma cultura. Era esse o objetivo desta trilogia. Encontrar, em três viagens, um país que se pode observar de diferentes pontos de vista, que se complementam, que se entretecem.

Fonte: bnportugal.pt

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A Ideia, então «órgão anarquista específico de expressão portuguesa», foi fundada por João Freire em Paris em abril de 1974. Era, de certa maneira, uma herança do espírito de “Maio de 68” que se queria fazer alargar, também em língua portuguesa. Assim, esteve no cerne da realização, em julho de 1974, de um grande comício anarquista internacional, que encheu a ‘Voz do Operário’ de Lisboa.

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