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Divulgação Cultural
Lançamento | O Patriota. Memória do periodismo de contrapoder | 26 maio | 18h00 | BNP
O Patriota (1842-1853)
Memória do periodismo de contrapoder
LANÇAMENTO | 26 maio ’21 | 18h00 | Auditório | Entrada livre (limitada a 21 lugares, com inscrição prévia para rel_publicas@bnportugal.gov.pt)
Da autoria de José Augusto dos Santos Alves, esta publicação resulta da colaboração da Biblioteca Nacional de Portugal com apoio do CHAM (NOVA FCSH+UAC), FCT e CML e é apresentada por João Luís Lisboa.
As transformações da historiografia da Revolução vintista, que comemora este ano 200 anos, refletem as do mundo no qual o acontecimento revolucionário é pensado, de 1820 a 2020. Desenha-se assim uma trajetória teórico-política em que os testemunhos e as análises militantes dão, pouco a pouco, lugar à história social e à análise cultural. Neste quadro, é importante sublinhar a relevância do periódico O Patriota, publicado entre 1842 e 1853, e aqui em estudo, ao serviço de uma causa: o combate político ao Cabralismo e às periferias que o suportam.
Esta é uma investigação que deve ser olhada como fundamental no que tange aos distintos diferenciais e à compreensão do exercício do poder cabralista. Dito de outro modo, o conhecimento do Cabralismo não pode ser ignorado, mas sim visto numa leitura atualizada. Significa isto que é crucial desocultar o ponto de vista dos oprimidos que povoam de forma linear ou de modo enviesado os conteúdos dos periódicos, uma ótica que permite restituir ao processo revolucionário toda a sua riqueza e complexidade. Assim, não basta olhar O Patriota como mais um periódico, entre outros. É necessária uma leitura aprofundada e uma reflexão apropriada para a compreensão do Cabralismo e do século XIX. A leitura desta obra permite essa leitura e essa reflexão.
Posto isto, deve enfatizar-se o tema central – o consulado de Costa Cabral – objeto de combate político no corpo de O Patriota que tem no Constitucionalismo vintista a força que se lhe opõe. Viver, através do periodismo, no caso O Patriota, o quotidiano político da última década da primeira metade do século XIX é uma assombrosa experiência porque nos dá a ver muitas das razões – escavadas pelo Devorismo – por que a Revolução não teve o sucesso desejado por muitos.
Fonte: bnportugal.pt
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