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Poças & a Arte da Tanoaria

Poças & a Arte da Tanoaria

Tanoeiro é aquele que faz ou conserta tonéis, barricas ou balseiros, sendo o ilustre responsável por garantir a sua preservação e reutilização por anos a fio. Enquanto construtor e cuidador da madeira, o tanoeiro é, no final de contas, o feliz responsável por todos os sabores e aromas especiais que assaltam o vinho durante a sua estadia nas caves.

A tradição da tanoaria tinha particular relevo nas zonas ribeirinhas, nas regiões de produção vínica, pelo facto de tonéis, barricas e balseiros serem um elemento fundamental para a produção de vinho. Enquanto há uns séculos atrás todas as casas produtoras de vinho tinham uma tanoaria, e o ofício era alvo de grande interesse para mestres e aprendizes, atualmente encontra-se quase em vias de extinção, por faltar quem ensine e quem queira aprender a arte de tão bem cuidar da madeira.

Poças & a Arte da Tanoaria

Porque a madeira tem personalidade forte, para domínio deste ofício não basta ler ou querer saber. É preciso, além de mãos hábeis e braços fortes, ter com quem aprender e experimentar, sendo necessários vários anos para atingir o ponto certo, estando por isso dependente da fiel passagem de conhecimento geração após geração.

Na produção do vinho do Porto a principal função da madeira é permitir o contacto constante do vinho com o ar, dando espaço para a natural oxidação e, por esse mesmo motivo, a escolha do local onde um vinho irá envelhecer diz muito sobre o perfil que nele se procura desenvolver.

Se numa barrica com 500-600 litros o vinho ganha um contacto mais próximo com a madeira, adquirindo um perfil progressivamente mais oxidativo; num balseiro, com capacidade para acolher mais de 15.000 litros, o vinho mantém elevados níveis de concentração e intensidade por ter menos contacto direto com a madeira.

Conheça aqui a história da nossa tanoaria, onde o António e o Jacinto tão bem cuidam de toda a madeira.

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Quando no final dos anos 50 e princípios de 60 se tornou evidente uma crise no regime do Estado Novo, logo acompanhada do início da guerra colonial, a historiografia portuguesa dava já sinais de renovação, em contacto com as práticas e teorias que noutras geografias se iam desenvolvendo. O Dicionário de História de Portugal (1963-71) de Joel Serrão, foi então uma expressão dessa mudança que se vinha desenhando desde o pós-guerra

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