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Seminário | Leitura e formas de escrita | 16 dez. | 16h00 | BNP

Seminário | Leitura e formas de escrita | 16 dez. | 16h00 | BNP

Leitura e formas de escrita
SEMINÁRIO | 16 dez. ’21 | 16h00 – 18h00 | Auditório | Entrada livre || Online via Zoom | ID da reunião: 81 8743 0134 | Senha de acesso: 027280

> As visitas à BNP obrigam à desinfeção das mãos e medição da temperatura corporal à entrada do edifício. É obrigatório o uso de máscara durante a permanência no edíficio.

> Auditório e Sala de Formação: apresentação obrigatória de certificado digital COVID da EU válido ou comprovativo de vacinação completa ou comprovativo de teste com resultado negativo.

Seminário sobre a cultura escrita no Atlântico Português: os Gabinetes Portugueses de Leitura do Brasil e o espólio manuscrito e literário de Recife, Belém e Salvador, apresentado por João Costa (CHAM)

Os Gabinetes Portugueses de Leitura, tenham eles a formalização estatutária de «gabinete» ou de «grémio», representam instituições de referência para o entendimento de um período histórico (séculos XIX-XX) crucial para as histórias de Portugal e Brasil.

Fundados nos meados do século XIX por iniciativa particular, nomeadamente por uma classe burguesa, empresarial, letrada (ou que buscava esse fito), pretendiam estabelecer assim polos de ensino, de formação cultural e erudita, simultâneos à fundação de instituições que aproximavam os emigrantes portugueses, a título individual e empresarial, à pátria natal.

O seu devir acompanhou de perto as vicissitudes independentistas no Brasil e, mais tarde, o processo ditatorial, assim como foram espectadores ativos dos alvores do Liberalismo Constitucional português, das lutas fragmentárias entre liberalistas e miguelistas e de consecutivas alterações de regime – monarquia, república, ditaduras.

Mais do que simples agremiações ou centros de leitura, estas instituições assumiram-se como marcos da cultura e da presença institucional portuguesas no Brasil, sempre em paralelismo e entreajuda com as delegações consulares nacionais, mas não uma presença de sentido colonial, impositiva, mas sim de integração da comunidade portuguesa na brasileira, como muito bem demonstra a sua documentação administrativa corrente.

Ainda hoje, pelo que é possível observar, os gabinetes/grémio têm essa função, a par de outras instituições, de ponte entre duas realidades culturais diferentes, portuguesa e brasileira, mas que tantos pontos de contacto – culturais, sociais, políticos, económicos – têm entre si.

No âmbito desta elevação cultural que procuravam, adquiriram as instituições um extenso e variegado património literário, constituindo relevantes bibliotecas patrimoniais que colocavam ao dispor dos seus associados e, também, à população em geral.

Destas coleções, pretendemos destacar as obras impressas dos séculos XVI e XVII, sobretudo as de tipografia portuguesa, procurando discernir as temáticas privilegiadas– se é que existiu algum género de metodologia ou de programática na sua aquisição –, assim como perceber qual o percurso destes espécimes documentais e a sua condição atual no contexto das bibliotecas destas instituições.

Paralelamente, daremos igualmente eco da produção manuscrita destas instituições, representando estes arquivos institucionais preciosas ferramentas para o estudo da comunidade da época, das suas ramificações políticas e empresariais, testemunhando um fervilhante período da história brasileira e portuguesa.

Resultando a generalidade desta investigação do levantamento feito, in loco, nos gabinetes de leitura da Bahia e Recife e Grêmio Recreativo e Literário Português de Belém (Pará) no ano de 2019, alargámos agora a análise também ao gabinete português de leitura do Maranhão, deixando de fora, porque está já bem estudado e evidenciado pela Historiografia e pela Literatura, o Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro.

Fonte: bnportugal.pt

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A Ideia, então «órgão anarquista específico de expressão portuguesa», foi fundada por João Freire em Paris em abril de 1974. Era, de certa maneira, uma herança do espírito de “Maio de 68” que se queria fazer alargar, também em língua portuguesa. Assim, esteve no cerne da realização, em julho de 1974, de um grande comício anarquista internacional, que encheu a ‘Voz do Operário’ de Lisboa.

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