Notícias
Divulgação Cultural
EXPOSIÇÃO | 29 nov. ’21 – 14 fev. ’22 | Sala de Exposições – Piso 1 | Entrada livre
Mestres & Monstros
Pedro Proença
EXPOSIÇÃO | 29 nov. ’21 – 14 fev. ’22 | Sala de Exposições – Piso 1 | Entrada livre
> As visitas à BNP obrigam à desinfeção das mãos e medição da temperatura corporal à entrada do edifício. É obrigatório o uso de máscara durante a permanência no edifício.
Mestres e Monstros é uma exposição de Pedro Proença, que encontrou na Biblioteca Nacional de Portugal o lugar perfeito para uma prática bibliómana esfuziante. As suas obras são desde sempre pensadas literariamente – livros, bibliotecas e meta-bibliotecas, senhoras da sua multiplicidade e, se possível, fisicalidade. Idealizada como resposta a um livro de Pedro Eiras, Ensaio sobre os Mestres (feito exclusivamente de citações) esta mostra continua um ciclo de exposições de Proença, iniciado em 2018, de delirante heteronímia a aprofundar-se em literatura e produção visual clandestina, numa espécie de meta-mundo-artístico-literário (visceral?).
O amor, a morte, a ternura, a multiplicidade, a desordem, a natureza (ressurreta), os mitos, a sabedoria, a maestria e a monstruosidade surgem em variados registos, como na arte da fuga em Suite Minotauro, de John Rindpest, com 94 imagens de complexa poesia-visual, que, curiosamente, partem da literatura de Picasso (é verdade, este pintor tem vasta obra poética e teatral!); uma centena de postais amorosos de Sandralexandra (A volta ao mundo em 80 amores), uma pseudo-mail-artista em busca de novas aventuras; as abstrações tântricas e líricas de Jorge Judas; as recorrentes autobiografias de Pierre Delalande; as questões impertinentes de Rosa Davida e as naturezas mortas acrobáticas de Pedro Proença.
A exposição far-se-á acompanhar de três livros, os dois primeiros, em edição limitada, correspondem às obras de Sandralexandra e John Rindpest. O terceiro contém esboços para um possível art-world 2 ou 3, com logótipos de museus, redes sociais, galerias com nomes de reputados helenistas, arquiteturas modernistas tatuadas de ornamentos barrocos, nuvens alegóricas de inspiração Sufi, falsos fac-símiles de vidas dos melhores artistas concetuais, imagens de exposições inexistentes (assim como uma ou outra de efetivas exposições transatas), emblemas barrocos eróticos, capas de uma literatura que começa a ser construída a partir dessas capas (onde pontuam sobretudo Jacques Pastiche, Marx E. Nest e Sandralexandra), declarações de artistas (mestres) e curadores (monstros?) fictícios, revistas de arte paródicas como a Artfiction, postais, cartas de aceitação por parte de museus, telegramas, revistas literárias, monografias artísticas, entre outros.
O design da autoria de John Rindpest está cheio de escólios invasivos e coloridos, sombras de textos e excertos do maravilhoso Dicionário de Rafael Bluteau (um dos primeiros no mundo, e dos mais sábios). Um dos textos incluído no livro, extraído da Novela Conceptista, de Renato Ornato, exprime bem a ambição desta exposição: o que se pretende agora? Criar centenas, quiçá milhares de artistas, escritores, curadores, críticos, músicos, com produções significativas, assim como instituições (museus, fundações, galerias, etc.), publicações e documentação variada.
Pedro Proença expõe desde há 40 anos. Foi um dos criadores do Movimento Homeostético. Apresentou mostras individuais no Centro Cultural de Belém, Gulbenkian, Frankfurter Kunstverein, entre outros espaços. Tem ilustrado profusamente (A Bíblia, Os Lusíadas, Saramago, Adília Lopes, Manuel António Pina, Pedro Eiras, etc.). É autor de livros de ensaio, poesia e narrativa.
Fonte: bnportugal.pt
Outros artigos em Divulgação Cultural:
CICLO DE DEBATES | Camões: Ciclo de debates na BNP – Comemorar Camões: Porquê? Para quê? | 23 out. ’24 | 17h00 | Auditório
No âmbito das Comemorações do V Centenário do Nascimento de Luís de Camões, a Biblioteca Nacional de Portugal acolhe a realização de um ciclo de debates ou mesas-redondas destinados a envolver o público na discussão sobre os desafios colocados pela figura, a biografia e a obra de Luís de Camões
Pintura – Linhas Paralelas – Fátima Branquinho e Bela Branquinho
Na próxima exposição do ACMP, “Linhas Paralelas”, poderemos apreciar alguns dos recentes trabalhos das pintoras, FÁTIMA BRANQUINHO e BELA BRANQUINHO, que, sendo irmãs, juntam nesta parceria artística afirmações estéticas bem diferenciadas
DEBATE | Heranças de Maio de 68 | 15 out. ’24 | 17h00 | Auditório
A Ideia, então «órgão anarquista específico de expressão portuguesa», foi fundada por João Freire em Paris em abril de 1974. Era, de certa maneira, uma herança do espírito de “Maio de 68” que se queria fazer alargar, também em língua portuguesa
APRESENTAÇÃO E CONFERÊNCIA | A trajetória dos CASTRATI na corte luso-brasileira (1752-1822) | 8 out. ’24 | 17h30 | Auditório
Os castrati (meninos castrados para fins musicais) foram o maior fenómeno vocal de todos os tempos. Exerceram um imensurável impacto na história da música vocal europeia e foram os responsáveis pela génese do bel canto italiano.