Notícias
Divulgação CulturalLançamento | Orlando Ribeiro – Cadernos de Campo, Angola 1960-1969 | 4 fev. | 18h00 | BNP
Orlando Ribeiro – Cadernos de Campo, Angola 1960-1969
LANÇAMENTO | 4 fev. ’22 | 18h00 | Auditório | Entrada livre
> As visitas à BNP obrigam à desinfeção das mãos e medição da temperatura corporal à entrada do edifício. É obrigatório o uso de máscara durante a permanência no edíficio.
> Auditório, Sala de Formação e Átrio do Anfiteatro: apresentação obrigatória de certificado digital COVID da EU válido ou comprovativo de vacinação completa ou comprovativo de teste com resultado negativo.
Lançamento do livro Orlando Ribeiro – Cadernos de Campo, Angola 1960-1969, organizado por João Sarmento, numa edição da Húmus e com apresentação por Francisco Roque de Oliveira e Cláudia Castelo.
Orlando Ribeiro (1911-1997) foi um notável «produtor» de cadernos de campo. São 63 os exemplares que estão depositados no Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea da Biblioteca Nacional de Portugal, resultantes de trabalho de campo desenvolvidos entre 1932 e 1985. Documentos privados, tal como os diários, serviam para Orlando Ribeiro estabelecer um diálogo consigo próprio numa fase posterior de trabalho. Eles contêm diversos desenhos e esboços, desde plantas de casas, de aldeias, ou do relevo, que complementam descrições e estão em diálogo com fotografias que ia fazendo.
O caderno de campo de Angola de Orlando Ribeiro, o caderno n.º 53, é a fonte central que fez despoletar este trabalho e livro que agora se apresenta. É aqui reproduzido na integra, com a respetiva transcrição, notas e glossário explicativo, acompanhado de fotografias do geógrafo e alguns colaboradores. Uma leitura atenta do caderno de campo de Angola mostra como este geógrafo é tanto um naturalista como um humanista. Os seus interesses têm um largo espectro, e as interrogações que faz e as notas que vai tomando, abarcam campos do saber diversos, revelando um enorme prazer da descoberta do conhecimento. É um documento valioso para interpretar o trabalho do geógrafo em Angola, e para compreender a geografia que praticava, uma geografia que resulta da mistura de território e civilizações. Por um lado, põe em evidência a vertente naturalista do geógrafo, e ao longo das suas páginas e esboços, o caderno sublinha os traços físicos da paisagem, sobretudo a geomorfologia. Por outro lado, o caderno revela o profundo interesse e respeito de Orlando Ribeiro pela cultura dos povos e suas tradições. Da observação, de inquéritos espontâneos e contactos livres com as populações, o geógrafo assinala o cultivo dos campos, a rega, a criação de gado, o lugar dos mercados e o rendimento dos produtos, o que se come e como se preparam as refeições, estando sempre atento à influência que a colonização teve.
Fonte: bnportugal.pt
Outros artigos em Divulgação Cultural:
Conferência | Dickens 150 | 9 dez. | 17h00 | BNP
A 9 de junho de 2020 assinalou-se o 150º aniversário da morte do romancista e jornalista Charles Dickens (1812-1870). O CETAPS (NOVA FCSH) e a Biblioteca Nacional de Portugal marcam a efeméride através de uma conferência que junta investigadores que estudam a obra e a vida de Dickens
Lançamento | Viagem maior | 10 dez. | 18h00 | BNP
Duarte Belo desenhou uma viagem que resume mais de trinta anos de mapeamento fotográfico da paisagem e da arquitetura portuguesas. João Abreu partiu, solitário, para a estrada para fazer os 6000 quilómetros delineados, distância permitiria ligar o Cabo da Roca aos Montes Urais. A Viagem Maior é o cruzamento e o encontro de dois olhares sobre o espaço e o tempo de um território concreto
Ensaio Aberto – parte 2 | Os Músicos do Tejo na BNP | 26 nov. | 17h30 | BNP
Neste segundo ensaio aberto vamos reunir-nos novamente em torno da música e falar de vários sentidos do trabalho e da dedicação a esta arte
Seminário online | Cem anos de ensaísmo: de António Sérgio à atualidade | 23 nov. | 15h00
Este é o primeiro de um Ciclo de Seminários que visa revisitar criticamente um género literário e filosófico marcante na modernidade. E ao mesmo tempo refletir sobre um pensamento muito significativo neste campo, iniciado em Portugal com os Ensaios I (1920) de António Sérgio, com prolongamentos e divergências que se desenvolveram até à atualidade.