Notícias
Divulgação CulturalCiclo de Seminários | Leitura e alfabetização de grupos marginalizadosno Brasil contemporâneo | 25 fev. | 16h00 | BNP
Leitura e formas de escrita
Leitura e alfabetização de grupos marginalizados
no Brasil contemporâneo
CICLO DE SEMINÁRIOS | 25 fev. ’22 | 16h00 – 18h00 | Auditório | Entrada livre || Online via Zoom | ID da reunião: 879 1708 0501 | Senha de acesso: 319166
> As visitas à BNP obrigam à desinfeção das mãos e ao uso de máscara durante a permanência no edifício.
Palestra por Ana Galvão (Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais) sobre a leitura e alfabetização dos grupos marginalizados no Brasil contemporâneo, no âmbito do ciclo Leitura e formas de escrita, organizado pelo CHAM.
O trabalho tem como objetivo analisar as principais instâncias que possibilitaram a grupos marginalizados o acesso à alfabetização e à leitura ao longo do século XX no Brasil. Baseia-se em um conjunto de investigações que vêm sendo desenvolvidas no Grupo de Estudos sobre Cultura Escrita da UFMG. As pesquisas têm utilizado como principais fontes depoimentos orais, autobiografias, impressos «populares», dados censitários e documentos institucionais. A historiografia da leitura tende a concentrar suas análises nos espaços, suportes e objetos canônicos associados à formação de leitores: a biblioteca e a escola; o impresso; o livro e a imprensa. Em países como o Brasil, no entanto, de disseminação da alfabetização e da escolarização recentes, esses elementos podem ser insuficientes para se compreender a história da cultura escrita no País.
As pesquisas realizadas revelam que grupos tradicionalmente associados à oralidade e que, por muito tempo, encontravam-se dissolvidos em expressões que, por sua própria carga discursiva, tendiam a homogeneizá-los – como «povo», «mulheres», «dominados», «excluídos», «negros», «nordestinos» – utilizavam táticas e, de maneiras particulares (nem sempre coincidentes com as que predominavam em outros grupos sociais «naturalmente» vinculados ao mundo letrado), inseriam-se em práticas de letramento e formavam-se leitores. Os modos de participação dessas camadas da população no mundo da cultura escrita parecem estar muito mais vinculados a práticas orais de socialização do escrito, à circulação do manuscrito e a modos não-escolares de aprendizagem. O espaço da cidade, o trabalho, a família, a escola, o rádio, os movimentos sociais, as igrejas de diferentes denominações e outras instituições religiosas revelaram-se como os principais agentes de letramento.
Ana Galvão
Ana Maria de Oliveira Galvão, professora titular da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é atualmente investigadora visitante do CHAM, Universidade Nova de Lisboa, com financiamento da CAPES (Brasil). As suas áreas de pesquisa são a história da cultura escrita, a história da educação e metodologias da investigação. Doutora em Educação pela UFMG (2000), realizou um «estágio-sanduíche» no Institut National de Recherche Pédagogique (França, 1998-99) e um estágio sénior (CAPES) enquanto investigadora visitante na Northern Illinois University (EUA, 2012-13).
É autora, entre outros, dos livros Amansando meninos: uma história da educação a partir da obra de José Lins do Rego (1890-1920) (1998); Cordel: leitores e ouvintes (2001); Preconceito contra o analfabeto (2007, em co-autoria); Território plural: a pesquisa em História da Educação (2010, em co-autoria) e Culturas do escrito, educação e história: percursos de formação e de atuação de uma professora/pesquisadora de universidades públicas brasileiras (2022, no prelo). Publicou, também, diversos capítulos de livros e artigos em periódicos.
Coordenadores do encontro: Daniel Melo e Patrícia Santos Hansen
Organizador: Grupo de Investigação «Leitura e formas de escrita», CHAM
Fonte: bnportugal.pt
Outros artigos em Divulgação Cultural:
Lançamento CD / Concerto | Seixas à guitarra | 22 dez. | 18h30 | BNP
À margem do projeto de gravação integral das sonatas de Carlos Seixas em instrumentos históricos de tecla, que tem preenchido a coleção melographia portugueza do mpmp e que nas próximas temporadas verá lançados mais números, surge a proposta de escutarmos esse repertório à guitarra, segundo a interpretação da jovem Rebeca Oliveira.
Lançamento / Mesa-redonda | Glosas #21 / MPMP 2010-2020 | 20 dez. | 18h30 | BNP
O 21.º número da revista Glosas na sua versão impressa e anual debruça-se sobre o percurso artístico da jovem compositora Sara Ross, recentemente vencedora do Prémio Carlos de Pontes Leça (Festival Operafest Lisboa 2020)
Lançamento “Complexidade: Implicações e Políticas Globais”, coordenado por Rui Malhó, 16 de Dezembro, 18h00, Fundação Calouste Gulbenkian
Este livro, coordenado por Rui Malhó, conta com um leque brilhante de Autores. Estes abordam os temas considerados mais prementes relativamente às ciências da complexidade e pertinentes para a sociedade e o seu bem-estar.
Seminário | Leitura e formas de escrita | 16 dez. | 16h00 | BNP
Seminário sobre a cultura escrita no Atlântico Português: os Gabinetes Portugueses de Leitura do Brasil e o espólio manuscrito e literário de Recife, Belém e Salvador, apresentado por João Costa (CHAM)