Notícias
Divulgação CulturalExposição | Viagem a um país desconhecido: Emílio Biel – «A Arte e a Natureza em Portugal» | 8 mar- 3 maio | BNP
Viagem a um país desconhecido
Emílio Biel – A Arte e a Natureza em Portugal
Exposição | Sala de Exposições – Piso 2 | 8 mar- 3 maio ‘22 | Entrada livre
Em meados de Novecentos, Portugal era um país em grande medida desconhecido. O principal meio de transporte entre Lisboa e Porto era o barco. Uma das mais importantes obras literárias do romantismo nacional – Viagens na Minha Terra, de Almeida Garrett – descreve um percurso entre Lisboa e Santarém, de vapor, pelo Tejo. Os pintores românticos, que introduziram a paisagem como género, seguiram um programa estético em grande medida idealizado, fruto de uma descoberta lírica do país, como sugere José-Augusto França.
Viagem a um país desconhecido que consideramos ter representado a publicação de A Arte e a Natureza em Portugal foi possível porque, nas décadas seguintes, o fontismo lançou um ambicioso programa de obras públicas, particularmente de construção das linhas de caminho de ferro. A Casa Biel, a mais importante casa fotográfica portuguesa, recebeu o encargo de fotografar a construção de parte dessas linhas. Essas imagens foram publicadas em álbuns de fotogravuras e em gravuras de madeira na mais importante publicação ilustrada portuguesa, O Occidente. Na mesma publicação podemos seguir o levantamento fotográfico sistemático de paisagens e de monumentos de várias partes, mais ou menos recônditas do país, que a Casa Biel, ao mesmo tempo, também ia levando a cabo. Dessa forma, estavam lançadas as bases para a publicação de A Arte e a Natureza em Portugal.
Desde 1880 que a Casa Biel começou a publicar obras com fotogravuras, pelo processo da fototipia, e logo surgiu a proposta de publicar um grande álbum fotográfico de paisagens e monumentos portugueses. Contudo, as primeiras tentativas foram precocemente goradas. Face à falta de apoios, a publicação de A Arte e a Natureza em Portugal acabou por só se concretizar a partir de 1902. Provavelmente, o longo tempo de amadurecimento do projeto conferiu-lhe maior solidez e permitiu angariar as contribuições de uma plêiade de intelectuais portugueses, de que se destacaram Joaquim e Carolina Michaelis de Vasconcelos. A colaboração de Joaquim de Vasconcelos conferiu às iniciativas de Biel a robustez científica assegurada pelo primeiro historiador de arte português.
Esta exposição pretende retratar a viagem a um país desconhecido através da fotografia de Emílio Biel e da sua obra Arte e a natureza em Portugal.
Fonte: bnportugal.pt
Outros artigos em Divulgação Cultural:
Seminário | Ciência e Cultura – Quebrar Fronteiras | 14 dez. ’22 | 17h00
Ciência e Cultura – Quebrar Fronteiras é um seminário interdisciplinar, coordenado por Adelino Cardoso, no âmbito da actividade do CHAM-Centro de Humanidades – NOVA FCSH, cujo objectivo principal consiste em aprofundar a complexa teia de relações que se estabelecem na produção das múltiplas formas de saber e na dinâmica da sua organização coerente.
Mostra | Vitor Ramos: uma trajetória no exílio | Inauguração: 12 dez. ’22 | 17h00
Vitor de Almeida Ramos nasceu em Ervedal da Beira em 25 de abril de 1920. Envolve-se desde cedo na luta antifascista contra a ditadura de Salazar. Militou no MUD Juvenil e no PCP. Nos anos 40, forma-se na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e inicia a sua carreira jornalística como correspondente da France-Press.
Armanda Passos em retrospetiva inédita na Fundação Champalimaud
Oportunidade rara para ver a obra de uma das mais notáveis pintoras portuguesas, de 16 novembro a 31 dezembro, no Centro de Exposições da Fundação Champalimaud, em Lisboa. A pintora portuguesa Armanda Passos (1944-2021) será homenageada no Centro de Exposições da Fundação Champalimaud na primeira retrospetiva da sua obra.
Galeria do Auto Club Médico Português EXPOSIÇÃO COLECTIVA DE NATAL 2022
24 de novembro | 18:00 inauguração | Dias úteis 9:00-13:00 e 14:00-17:00 | Av. Elias Garcia, 123 – 1º Esq. Lisboa