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Lançamento e Homenagem | «Os Açores no século XIX», de Maria Isabel João | 16 mar. ’22 | 18h00 | BNP

Lançamento e Homenagem | «Os Açores no século XIX», de Maria Isabel João | 16 mar. '22 | 18h00 | BNP

Os Açores no século XIX – economia, sociedade e movimentos autonomistas, de Maria Isabel João
APRESENTAÇÃO E HOMENAGEM | 16 mar ’22 | 18h00 | Auditório | Entrada livre

> As visitas à BNP obrigam à desinfeção das mãos e ao uso de máscara durante a permanência no edifício.

Os Açores no século XIX – economia, sociedade e movimentos autonomistas, da autoria de Maria Isabel João (1955-2020), constitui a primeira e única visão global disponível sobre a história dos Açores no século XIX. Abarca atividades económicas, estrutura social, integração do arquipélago, o problema da insularidade e da dependência do Continente, sem esquecer a emigração e os movimentos autonomistas, nas suas várias linhas políticas.

Com uma primeira edição em 1991, o livro que agora se reedita, 30 anos depois, será apresentado por José Damião Rodrigues (Centro de História- Universidade de Lisboa).

A sessão de lançamento desta nova edição, é também uma homenagem à historiadora e professora que nos deu ainda outros contributos relevantes para o conhecimento de temas como as memórias sociais e políticas no Portugal Contemporâneo ou as relações entre região, nação e Europa.

Maria Isabel João (1955-2020) iniciou a sua atividade profissional como professora do ensino secundário, em 1976. Com uma breve passagem pela Universidade Eduardo Mondlane, Maputo (1981-1984) como professora cooperante, ingressou na Universidade Aberta em 1990. Depois de ter defendido a agregação, obteve nomeação definitiva de professora auxiliar em 2006.

A sua produção científica estendeu-se a múltiplas áreas. Numa primeira fase, na Didática da História, com grande procura de alunos para a profissionalização em exercício, elaborou diverso material didático.

A tese de mestrado, orientada por Vitorino Magalhães Godinho, conduziu-a a desenvolver numerosos estudos sobre os Açores, nas mais variadas áreas, a partir de 1991. Os Açores no século XIX, Economia, Sociedade e Movimentos Autonomistas foi uma obra pioneira pela visão global da vida económica, social e política do arquipélago, servindo como linha de orientação para muitos estudos.

Com a tese de doutoramento (2002), o tema das comemorações, memória e identidades, foi explorado profundamente, tanto numa perspetiva nacional como regional. Memória e Império – Comemorações em Portugal (1880-1960), tornou-se uma obra de consulta obrigatória pelo seu rigor científico e pelo conhecimento construído. De seguida, avançou para o estudo de temas de história regional tanto no continente e ilhas, incentivando alunos seus, de mestrado e doutoramento, a explorarem essa área.

A mesma orientação foi canalizada para a construção europeia, através de uma cadeira que lecionou num mestrado de Relações Internacionais. O programa abrangia todo o percurso de construção da Comunidade Económica Europeia até à formação da União Europeia.

A sua vasta obra estende-se por publicações individuais, mas também com capítulos inseridos em obras coletivas, em revistas nacionais e estrangeiras. Foi investigadora do Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais CEMRI – UAB e do Centro de História da Universidade de Lisboa.

A reedição da tese de mestrado sobre os Açores foi o pretexto para um grupo de colegas e amigos de diversas universidades lhe prestarem homenagem, relembrando as suas qualidades pedagógicas e científicas, mas também a integridade de caráter que sempre a caraterizou. Na sessão de lançamento estarão disponíveis exemplares da tese para oferecer aos presentes.

Mais informações: bnportugal.gov.pt

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Quando no final dos anos 50 e princípios de 60 se tornou evidente uma crise no regime do Estado Novo, logo acompanhada do início da guerra colonial, a historiografia portuguesa dava já sinais de renovação, em contacto com as práticas e teorias que noutras geografias se iam desenvolvendo. O Dicionário de História de Portugal (1963-71) de Joel Serrão, foi então uma expressão dessa mudança que se vinha desenhando desde o pós-guerra

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