Notícias
Divulgação CulturalSeminário | Iconografia religiosa na América portuguesa e a influência de quatro manuais devocionais impressos em Lisboa … | 17 mar. | 16h00
Leitura e Formas de Escrita
Iconografia religiosa na América portuguesa e a influência de quatro manuais devocionais impressos em Lisboa entre 1670 e 1790
CICLO DE SEMINÁRIOS | 17 mar. ’22 | 16h00 – 18h00 | Auditório | Entrada livre
> As visitas à BNP obrigam à desinfeção das mãos e ao uso de máscara durante a permanência no edifício.
A Igreja Tridentina fez intenso uso da imprensa como meio de divulgação dos seus preceitos, dogmas, doutrinas e estimados comportamentos decorosos. A produção e difusão de livros católicos intensificaram-se nos séculos XVI, XVII e XVIII, motivadas por diferentes segmentos da hierarquia eclesiástica. A literatura religiosa diversificou-se conforme os seus objectivos e temas, abrangendo livros litúrgicos, de teologia e história sagrada, bíblias, manuais devocionais, entre outros. Os livros visavam os seus intentos doutrinários através de leituras (em silêncio, oralizadas, individuais ou colectivas) e ampliavam os seus escopos sociais de actuação ao serem usados como orientadores iconográficos pelos agentes envolvidos na ornamentação de igrejas e capelas. Os livros ilustrados ofereciam as suas gravuras como modelos, especialmente para os pintores. As obras que não tinham imagens forneciam, para os artífices, narrativas e passagens da história sagrada que ganhavam versões visuais verossímeis.
A conferência abordará a circulação de livros religiosos na América portuguesa e os usos que deles foram feitos pelos pintores. Analisará a imitação de gravuras e a utilização dos textos como fontes de informação iconográfica. Neste último aspecto, elegerá como objectos principais quatro manuais devocionais destinados aos irmãos da Ordem Terceira do Carmo do mundo português, impressos em Lisboa entre 1670 e 1790, existentes no acervo da Biblioteca Nacional de Portugal, e a sua influência no programa iconográfico da Capela da Ordem Terceira do Carmo de Cachoeira, no Recôncavo da Bahia. O enfoque incidirá sobre 12 quadros pintados na segunda metade do século XVIII que representam santos que foram terceiros carmelitas, todos mencionados num desses livros.
Camila Santiago é licenciada e mestre em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), doutora em História pela mesma instituição, com período de estágio sanduíche na Universidade Nova de Lisboa. É Professora Associada do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e membro da Cátedra UNESCO/UFMG-DRI “Territorialidades e Humanidades: a Globalização das Luzes”. Actualmente, realiza estágio pós-doutoral no Programa de Pós-Graduação em História da UFMG, com período de investigação junto ao CHAM, Universidade Nova de Lisboa. Desenvolve pesquisas nas áreas de História do Brasil Colônia e História da Arte, atuando principalmente nos seguintes temas: livros religiosos, livros ilustrados, gravuras e pinturas. É coautora do livro As igrejas de Cachoeira: história, arquitetura e ornamentação e autora de A Vila em Ricas Festas: celebrações promovidas pela câmara de Vila Rica (1711-1744), além de capítulos de livros e artigos.
Coordenadores do encontro: Daniel Melo e Patrícia Santos Hansen
Organizador: Grupo de Investigação «Leitura e formas de escrita», CHAM
Fonte: bnportugal.pt
Outros artigos em Divulgação Cultural:
MINI CURSO | Wiki Loves Música Portuguesa: Como editar a Wikidata | 6-8 fev. ’24 | 14h30 | BNP – Sala de Formação – piso 2
Nesta formação de três dias (das 14h30 às 17h), além dos conceitos básicos de edição na base de dados, serão abordados tópicos específicos relacionados com edição sobre música
CICLO DE SEMINÁRIOS | Ciência e Cultura. Quebrar fronteiras – Doença mental temporária (…) | 29 jan. ’24 | 14h30-16h30 | BNP – Sala de Formação
A primeira sessão do Ciclo de Seminários “Ciência e Cultura – Quebrar Fronteiras” é dinamizada por Moreno Paulon (CHAM – Centro de Humanidades, NOVA FCSH) e subordinada ao tema “Doença mental temporária, construção social, viés científico. Definir a histeria”
AULAS DE DANÇA MENSAIS | Danças Antigas. Danças Barrocas | 20 jan. ’24 | 10h00-13h00 | Sala de Azul
Designamos por Dança Antiga o repertório coreográfico pertencente às cortes europeias entre os séculos XV e XVIII, com especial destaque para as fontes coreográficas escritas que, tendo chegado aos nossos dias, nos informam sobre a cultura e os hábitos palacianos
EU PINTOR – Exposição de Rodrigo Leal
RODRIGO LEAL, pintor “amante da técnica do óleo”, mostra-nos com os seus efeitos cromáticos, abundante recurso ao negro e claro-escuros, as marcas de uma incessante busca do perfeccionismo pictórico. Nos estudos, trabalhos “on progress” ou acabados, que trabalha em vários suportes, percebe-se a busca de inspiração nos “clássicos”, que liberta o artista para o seu experimentalismo associado ao cuidado técnico da sua pintura.