Notícias
Divulgação CulturalEncontro | Natureza e técnica em Biel | 21 abr. | 17h00 | BNP
Viagem a um país desconhecido
Emílio Biel – A Arte e a Natureza em Portugal
Exposição | Sala de Exposições – Piso 2 | 8 mar- 3 maio ‘22 | Entrada livre
ENCONTRO | 21 abril ’22 | 17h00 | Sala de Exposições Piso 2 | Entrada livre
Encontro sobre o fotógrafo Emílio Biel, moderado por Paulo Baptista, comissário da exposição, com a participação de Ana Duarte Rodrigues e Hugo Pereira (CIUHCT).
Em meados de Oitocentos, Portugal era um país em grande medida desconhecido. O principal meio de transporte entre Lisboa e Porto era o barco. Uma das mais importantes obras literárias do romantismo nacional – Viagens na Minha Terra, de Almeida Garrett – descreve um percurso entre Lisboa e Santarém, de vapor, pelo Tejo. Os pintores românticos, que introduziram a paisagem como género, seguiram um programa estético em grande medida idealizado, fruto de uma descoberta lírica do país, como sugere José-Augusto França.
Viagem a um país desconhecido que consideramos ter representado a publicação de A Arte e a Natureza em Portugal foi possível porque, nas décadas seguintes, o fontismo lançou um ambicioso programa de obras públicas, particularmente de construção das linhas de caminho de ferro. A Casa Biel, a mais importante casa fotográfica portuguesa, recebeu o encargo de fotografar a construção de parte dessas linhas. Essas imagens foram publicadas em álbuns de fotogravuras e em gravuras de madeira na mais importante publicação ilustrada portuguesa, O Occidente. Na mesma publicação podemos seguir o levantamento fotográfico sistemático de paisagens e de monumentos de várias partes, mais ou menos recônditas do país, que a Casa Biel, ao mesmo tempo, também ia levando a cabo. Dessa forma, estavam lançadas as bases para a publicação de A Arte e a Natureza em Portugal.
Desde 1880 que a Casa Biel começou a publicar obras com fotogravuras, pelo processo da fototipia, e logo surgiu a proposta de publicar um grande álbum fotográfico de paisagens e monumentos portugueses. Contudo, as primeiras tentativas foram precocemente goradas. Face à falta de apoios, a publicação de A Arte e a Natureza em Portugal acabou por só se concretizar a partir de 1902. Provavelmente, o longo tempo de amadurecimento do projeto conferiu-lhe maior solidez e permitiu angariar as contribuições de uma plêiade de intelectuais portugueses, de que se destacaram Joaquim e Carolina Michaelis de Vasconcelos. A colaboração de Joaquim de Vasconcelos conferiu às iniciativas de Biel a robustez científica assegurada pelo primeiro historiador de arte português.
Esta exposição pretende retratar a viagem a um país desconhecido através da fotografia de Emílio Biel e da sua obra Arte e a natureza em Portugal.
Fonte: bnportugal.pt
Outros artigos em Divulgação Cultural:
Sessão | República das Letras – Palácios do Espírito. Livros e itinerários (séculos XVII-XIX) | 11 nov. | 16h00
Sessão com presença de Pierre-Antoine Fabre, José Adriano de Freitas Carvalho e moderação por Zulmira Coelho Santos. Organização conjunta do CEC – Centro de Estudos Clássicos (FLUL), CHAM – Centro de História e Além-Mar (FCSH/UNL), Centre de Recherche sur les Pays Lusophones (Sorbonne Nouvelle), Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (Univ. de S. Paulo).e Cátedra Solange Parvaux IP (Sorbonne Nouvelle).
ENC: À Volta do Barroco · 05 – 21 Novembro
O festival À Volta do Barroco é o pretexto para encontros da Orquestra Barroca com a Orquestra Sinfónica e o Remix Ensemble, cruzando assim as partituras de grandes mestres do Barroco com compositores que não escaparam à sua influência.
Lançamento CD / Concerto | 50 peças para os 5 dedos | 2 nov. | 18h30 | BNP
No 100.º aniversário do compositor Fernando Corrêa de Oliveira (1921-2004), o MPMP apresenta a primeira gravação integral do seu ciclo 50 peças para os 5 dedos, páginas de dificuldade progressiva para jovens pianistas.
Exposição | A Bibliotheca iluminada – Produção e circulação da Bíblia em Portugal | 28 out. | 18h00 | BNP
As Bíblias iluminadas românicas conservadas em instituições portuguesas, e que constituem o núcleo central desta exposição, permanecem, na contemporaneidade como na Idade Média, como manuscritos de grande aparato, alguns deles verdadeiros tesouros artísticos no que diz respeito à arte da iluminura