Notícias
Divulgação CulturalExposição | Rituais públicos no império português 1640-1821 | Inauguração 30 jun. 18h00 | Sala de Exposições Piso 3

Rituais públicos no império português 1640-1821
EXPOSIÇÃO | 30 jun. – 7 out. ’22 | Sala de Exposições Piso 3 | Entrada livre
INAUGURAÇÃO | 30 jun. ’22 | 18h00
Entre 1640 e 1821, foram muitos os rituais públicos que ocorreram em cidades e vilas de todo o império português. Contam-se, entre eles, entradas solenes, procissões, canonizações e diversas festas religiosas, incluindo, nascimentos, batismos, casamentos e funerais régios.
No geral, estas cerimónias visavam fortalecer as instituições políticas e religiosas e disseminar determinadas imagens sobre o poder e a sociedade, para, dessa forma, reforçar a coesão social, tanto na metrópole como nos territórios ultramarinos. Todavia, estas práticas também podiam expressar imaginários políticos, sociais e religiosos diferentes, neles se manifestando a variedade, as tensões e as contradições do império.
Muitos destes eventos foram registados em relatos manuscritos e impressos, ou em imagens que fornecem descrições mais ou menos detalhadas dos seus participantes e públicos (europeus e não-europeus), dos objetos utilizados, e dos itinerários locais. Nessa medida, constituem lentes privilegiadas para explorar dimensões das experiências imperiais portuguesas que nem sempre se encontram noutro tipo de documentação histórica. Esse é o caso, por exemplo, de rituais que ocorreram paralelamente aos que são privilegiados pelas fontes narrativas.
A partir de relatos impressos e gravuras, e de objetos animados de outra imagética que expandem as leituras que aqueles encerram, a exposição Rituais Públicos no Império Português (1640-1821) tem como objetivo refletir sobre as questões acima referidas.
Para o fazer, propõe-se um itinerário assente em três conjunturas políticas: a época da Restauração, o século XVIII de D. José I, e o período que medeia entre a partida da corte brasileira para o Rio de Janeiro e a Revolução Liberal de 1821.
Cada um destes núcleos representa momentos distintos das experiências políticas ocorridas no império português e das linguagens rituais que lhes estiveram associadas: a recuperação da autonomia política e, com ela, a exaltação de uma determinada imagem da monarquia portuguesa; um período de estabilidade política expressa, também, na cultura imperial; e o período inaugurado pelas invasões napoleónicas e as convulsões políticas e geopolíticas que lhe estiveram associadas.
Tendo como cenário estas conjunturas, a exposição privilegia três eixos de análise: os imaginários políticos e religiosos dominantes; as paisagens sociais que se vislumbram a partir das narrativas rituais, desde as lógicas mais gerais de hierarquização social, até à maneira como as quatro partes do mundo e os seus habitantes aí eram apresentados; e as paisagens urbanas destes relatos, nomeadamente as descrições dos espaços que acolheram tais eventos e os itinerários formais aí referidos.
Dessa forma, torna-se também possível entender as transversalidades tópicas nas linguagens rituais, bem como as variações conjunturais e estruturais, quer devido aos contextos políticos, quer resultantes dos contextos geográficos e socioculturais nos quais as celebrações tiveram lugar.
Com esta exposição dá-se também a conhecer o riquíssimo espólio de textos impressos existentes na Biblioteca Nacional de Portugal, na Biblioteca Pública de Évora e na Biblioteca da Ajuda, assim como as novas ferramentas de análise de muitos destes relatos que ficarão disponíveis no site do projeto Rituais Públicos no Império Português (1498-1821).
Comissários: Ângela Barreto Xavier, António Camões Gouveia e Joana Ribeirete de Fraga
Fonte: bnportugal.pt
Outros artigos em Divulgação Cultural:

CONCERTO | 2.º Ciclo Benjamim. Há Música na Biblioteca! | 22 fev. ’25 | 11h00 | Átrio do Anfiteatro
O MPMP dá início a um novo ciclo do seu projeto pedagógico, dedicado aos mais novos e às suas famílias. Estes concertos, em ambiente descontraído, propõem um momento de descoberta, aproximação e encontro entre música, compositores, intérpretes e famílias (ou pequenos ouvintes).

Concurso Internacional de Fotografia “João Taborda Portuguese Salon 2025”
Para comemorar a terceira edição do Concurso, foram criados seis Prémios exclusivos do Salão: Três prémios “Portuguese Memorial” (1º,2ª e 3ªlugares ) – Três Prémios “João Taborda” (Melhor autor português, Melhor autor do Salão, Melhor Clube/ Associação Fotográfica).

CONCERTO | Cantos Camonianos em memória de Achille Picchi | 13 fev. ’25 | 18h00-19h30 | Átrio do Anfiteatro | Entrada livre
Este concerto insere-se nas comemorações dos 500 anos de nascimento do Luís de Camões, e realiza-se no âmbito da terceira edição do Congresso Internacional “A Língua Portuguesa em Música”, promovido por Caravelas, Núcleo de Estudos da História da Música Luso-brasileira do Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical – CESEM

MESA-REDONDA | O 18 de janeiro de 1934 e a difusão actual das ideias libertárias | 18 JAN. ’25 | 15h00 | Auditório
A Ideia, então «órgão anarquista específico de expressão portuguesa», foi fundada por João Freire em Paris em abril de 1974. Era, de certa maneira, uma herança do espírito de “Maio de 68” que se queria fazer alargar, também em língua portuguesa. Assim, esteve no cerne da realização, em julho de 1974, de um grande comício anarquista internacional, que encheu a ‘Voz do Operário’ de Lisboa.