Notícias
Divulgação CulturalVisita Guiada | Mostra | Pinharanda Gomes, historiador do pensamento português | 14 jul. ’22 | 17h30 | com o comissário Fabrizio Boscaglia
Pinharanda Gomes, historiador do pensamento português
MOSTRA | 13 abr.- 17 set. ’22 | Sala de Referência | Entrada livre
Esta mostra, dedicada a Jesué Pinharanda Gomes (Sabugal, 1939 – Loures, 2019) destaca o autor enquanto o maior historiador do pensamento português de todos os tempos. Ativo numa perspectiva espiritualista e católica, estatuto que reivindica desde os primeiros livros e a que sempre se manteve fiel, Pinharanda Gomes produziu uma obra vastíssima, sobre uma inúmera multiplicidade de temas.
Autodidacta, nascido em Quadrazais, Sabugal, terra raiana de contrabandistas, a que tem devotado parte importante dos seus escritos, Pinharanda Gomes só soube de ser de nacionalidade portuguesa quando iniciou a frequência do ensino primário. Possuidor do mais vasto saber sobre a história do pensamento português, de que se destacam os três volumes da História da Filosofia Portuguesa (1981-1991), bem como sete volumes da série Pensamento Português (1969-1993), regista em todos os seus livros uma adesão viva ao modo religioso e de se tematizar as questões filosóficas. Autor prolífico, resgatou do esquecimento histórico inúmeros autores integrados na mundividência espiritualista (Joaquim Alves da Hora, João de São Tomás, Samuel da Silva, João Lourenço Insuelas, Prudêncio Quintino Garcia, Francisco Rendeiro, Pereira de Freitas, entre outros), prestando sólida consistência à existência de uma corrente filosófica em Portugal que, em continuidade, por vezes subterraneamente, desprezada pelo racionalismo e pelo positivismo, condenada pelo modernismo, tem privilegiado, desde os alvores da nacionalidade, o espírito face à matéria, a alma face ao corpo, a transcendência face à imanência, a metafísica face à positividade empírica.
Este é, de facto e de direito, o estatuto singular de Pinharanda Gomes no seio da cultura portuguesa contemporânea: para além do seu pensamento pessoal, harmónico com a restante obra de historiógrafo da história intelectual portuguesa segundo uma visão religiosa e espiritualista, os seus estudos demarcam com clareza o fio de continuidade existente em Portugal, de um modo constitutivo, de pensadores que, ora situados no poder de Estado, ora contra este, ora a este indiferentes (os místicos), incessantemente, sem hiatos temporais, interrogaram, sem desfalecimento, segundo uma posição religiosa (não necessariamente católica e eclesiástica, como, por exemplo Amorim Viana, Sampaio Bruno e Teixeira de Pascoaes) ou apenas espiritual (por exemplo, Antero de Quental) a face de Deus e as qualificações filosóficas decorrentes: o ser, a existência, a essência, o devir, a causalidade e o determinismo, o acaso, a criação, a morte.
A mostra Pinharanda Gomes: historiador do pensamento português pretende homenagear esta figura, principalmente na vertente histórico-filosófica da sua obra, sem, contudo, menosprezar o pensamento original do autor e as outras contribuições dele em vários âmbitos da cultura portuguesa. A mostra integra materiais do espólio guardado no Centro de Estudos Jesué Pinharanda Gomes de Sabugal, assim como do acervo da Biblioteca Nacional de Portugal, instituição da qual Pinharanda Gomes foi assíduo frequentador durante a sua vida.
Fonte: bnportugal.pt
Outros artigos em Divulgação Cultural:
MUSEU NACIONAL DE ARTE ANTIGA – Exposição | Do tirar polo natural – Inquérito ao retrato português
Partindo de obras realizadas por artistas nacionais que retratam personagens portuguesas, organiza-se uma exposição-ensaio, um inquérito sobre o poder do retrato, uma reflexão sobre a representação e o tirar polo natural tal como o definiu, no século XVI, Francisco de Holanda, o primeiro teórico do retrato europeu
Música na Biblioteca | Orquestra Metropolitana de Lisboa / Fernando Lopes-Graça e Kurt Weill | 22 jun. | 21h00 | BNP
22 JUNHO Ciclo «Compositores Exilados» Concerto de camera col violoncello obbligato, Op. 167 (1965) | Fernando Lopes-Graça – Sinfonia n.º 2, (1934) | Kurt Weill – 29 JUNHO Terra (2009) | Carlos Marecos – Sinfonia n.º 4, Op. 98 (1885) | Johannes Brahms
XXVII Congresso da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores – SOBRAMES
Oportunidade singular de receber com amizade e grande alegria os discípulos de Hipócrates que se dedicam às artes, notadamente a literária, encaminhamos uma ficha simplificada de inscrição, objetivando facilitar a inscrição de colegas tão preciosos ao nosso evento
Arrábida Sinfónica · 22 Jun · Entrada Livre
Concerto sinfónico com obras que juntam a perfeição da composição a uma capacidade imediata de conquistar os ouvintes. Alborada del gracioso e La valse, de Ravel,O chapéu de três bicos, de Falla, e Danças de Galanta, de Kodály,serão interpretadas pela Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, sob a direcção do maestro Otto Tausk