Notícias
Divulgação CulturalMesa redonda | A propósito da exposição, (Re)Descobrir Teresa Sousa. Gravura – 60 anos depois | 17 fev. ’23 | 17h00-19h00
(Re)Descobrir Teresa Sousa. Gravura – 60 anos depois
EXPOSIÇÃO | 8 nov. ’22 – 25 fev. ’23 | Sala de Exposições – Piso 2 | Entrada livre
Teresa Sousa (1928-1962) distinguiu-se como gravadora, tendo sido uma das pioneiras da gravura moderna em Portugal.
A presente exposição tem como núcleo principal a coleção de gravuras da artista, doada pelos seus filhos à Biblioteca Nacional de Portugal. Inclui todas as gravuras produzidas entre 1956 e 1961, assim como provas únicas, cuja tiragem não se chegou a concretizar. Serão também exibidos trabalhos preparatórios de algumas gravuras, nomeadamente desenhos, chapas e provas de estado e de ensaio. Não obstante as primeiras gravuras, produzidas em Paris, durante a aprendizagem no Atelier 17, serem todas em técnicas calcográficas – buril, água-forte e processo misto, o que denuncia a influência de Stanley W. Hayter e do Atelier 17 – Teresa Sousa dedicou-se a todas as técnicas de gravura, nomeadamente xilogravura, linogravura e litografia.
É a primeira vez que se apresenta publicamente uma retrospetiva da obra gravada da artista, cuja única exposição individual, intitulada Calcografia, desenho, monotipia, se realizou em 1957, na Galeria Pórtico.
Teresa Sousa nasceu em Lisboa, em dezembro de 1928. Após os estudos liceais, iniciou, em 1947, na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa (ESBAL), o Curso Superior de Pintura, que terminou em 1954, com nota máxima. Durante a frequência do curso, foram-lhe atribuídos pela ESBAL, os prémios de maior classificação de Pintura (ano letivo de 1950-51), «Constantino Fernandes» (1951-52) e «Veloso Salgado» (1952-53), e pela Academia Nacional de Belas Artes, os prémios «Lupi» (1951-52) e «Ferreira Chaves» (1952-53).
Ainda estudante de Belas Artes, Teresa Sousa expõe, em 1953, no Salão da Jovem Pintura (Galeria de Março, Lisboa). Dois anos mais tarde, em 1955, funda com os seus colegas Lourdes de Castro, José Escada e Cruz de Carvalho, seu futuro marido, a Galeria Pórtico.
Entre setembro de 1955 e junho de 1956, no âmbito de uma bolsa atribuída pelo Instituto de Alta Cultura (atual Instituto Camões) foi estudar para Paris. Tendo-se frustrado o objetivo principal da bolsa – estudos em Arte Sacra -, e manifestado a Vieira da Silva o seu interesse em gravura, por recomendação desta, Teresa Sousa iniciou os seus estudos de gravura no carismático Atelier 17, sob a orientação de Stanley W. Hayter, uma referência maior da gravura do século XX. A aprendizagem no Atelier 17 foi decisiva para o reconhecimento do seu trabalho de gravadora.
Os poucos elementos informativos sobre Teresa Sousa que se encontram na literatura da especialidade, estão maioritariamente relacionados com o prémio de gravura que lhe foi atribuído na I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian (1957); com a Galeria Pórtico (1955-1957), da qual foi dinamizadora; e com a sua produção enquanto artista gravadora nos primeiros anos da Gravura – Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses. Do catálogo da cooperativa constam três gravuras de Teresa Sousa (duas de 1958, e uma de 1959). Estas três gravuras constituem uma ínfima parte da sua produção artística, a qual, para além da gravura, se estendeu também ao desenho, à pintura e às artes decorativas, tendo deixado várias obras inacabadas.
Teresa Sousa, ao tempo em que desenvolveu a sua atividade como artista plástica, foi reconhecida e premiada, mas a morte prematura, com apenas 33 anos acabados de fazer, interrompeu uma carreira que se augurava promissora.
João Paulo de Sousa Carvalho e José Victor de Sousa Carvalho
A propósito da exposição, (Re)Descobrir Teresa Sousa. Gravura – 60 anos depois
MESA-REDONDA | 17 fev. ’23 | 17h00-19h00 | Auditório | Entrada livre
A mesa-redonda conta com a participação de Cristina Azevedo Tavares, Fernando Rosa Dias, Joanna Latka, João Carvalho e José de Guimarães.
Fonte: bnportugal.pt
Outros artigos em Divulgação Cultural:
Curso Livre | De Tutankhamon e Carter à Tutmania e Mumiamania | 1ª sessão – O Mundo de Tutankhamon, o faraó-menino | 5 jan. ’23 | 17h30
No âmbito da exposição Tutankhamon em Portugal: relatos na imprensa portuguesa 1922-1939, realizar-se-á todas as quintas-feiras, de 5 a 26 de janeiro de 2023, e a 1 de fevereiro de 2023 (quarta-feira), das 17h30 às 19h30, o curso livre De Tutankhamon a Carter à Tutmania e Mumiamania
6 JAN ’23 | DO CLÁSSICO AO POPULAR: CONCERTO DE ANO NOVO
Com David Silva [flauta transversal], Leonor Fleming [viola] e Beatriz Cortesão [harpa]. A herança do concerto de Ano Novo da Orquestra Filarmónica de Viena, num programa de clássicos da música erudita e popular.
Seminário | Ciência e Cultura – Quebrar Fronteiras | 14 dez. ’22 | 17h00
Ciência e Cultura – Quebrar Fronteiras é um seminário interdisciplinar, coordenado por Adelino Cardoso, no âmbito da actividade do CHAM-Centro de Humanidades – NOVA FCSH, cujo objectivo principal consiste em aprofundar a complexa teia de relações que se estabelecem na produção das múltiplas formas de saber e na dinâmica da sua organização coerente.
Mostra | Vitor Ramos: uma trajetória no exílio | Inauguração: 12 dez. ’22 | 17h00
Vitor de Almeida Ramos nasceu em Ervedal da Beira em 25 de abril de 1920. Envolve-se desde cedo na luta antifascista contra a ditadura de Salazar. Militou no MUD Juvenil e no PCP. Nos anos 40, forma-se na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e inicia a sua carreira jornalística como correspondente da France-Press.