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Seminário | Ciência e Cultura. Quebrar fronteiras | O inquisidor, o censor e o humanista digital | 15 mar. ’23 | 14h30

Seminário | Ciência e Cultura. Quebrar fronteiras | O inquisidor, o censor e o humanista digital | 15 mar. '23 | 14h30

Ciência e Cultura – Quebrar fronteiras
O inquisidor, o censor e o humanista digital

SEMINÁRIO | 15 mar. ’23 | 14h30 | Sala Multimédia | Entrada livre

A revolução digital veio para quebrar fronteiras. Uma delas é o que chamamos o acesso aberto. Qualquer cidadão pode aceder a uma quantidade prodigiosa de dados para o conhecimento do nosso mundo. Ainda estamos longe de tornar tantos horizontes ao nosso alcance imediato, mas as coisas nunca serão como dantes e só podem alargar o horizonte de cada um, seja ele agente ou recetor desta abertura. Robert Darnton, o bibliotecário de Harvard, promoveu no início do milénio o projeto Digital Public Library of America (DPLA). Num artigo de 2020 intitulado «Digitalizar, democratizar», diz acreditar que «até 2050 haverá uma biblioteca mundial, aberta a toda a humanidade.» Já se tornou familiar o conceito de biblioteca universal: o livro para todos, o conhecimento ao alcance de um clique no computador. No entanto, este ideal em curso de realização está incompleto. Falta outra instituição que, como as bibliotecas, também responda ao «desejo de história que atravessa as sociedades democráticas». Como as bibliotecas, estas instituições são guardadores da memória. Trata-se dos arquivos, mas quem já falou em arquivo universal?

Esta comunicação abordará dois tópicos muito ligados neste quadro dinâmico e prometedor: os processos e a censura inquisitoriais. Ambos têm ligações sob diversos aspetos e por razões históricas, e são objetos em parte inteira da revolução digital.

 

Sobre o orador
Hervé Baudry é investigador do Grupo Pensamento Moderno e Contemporâneo do CHAM – Centro de Humanidades, NOVA FCSH.Doutorado e habilitado em Literatura Francesa, trabalha desde 2011 sobre a censura de expurgação, ou microcensura na primeira modernidade, tendo comissariado sobre o tema a exposição Bibliotecas limpas (Biblioteca Nacional, 2022).É responsável do projeto exploratório FCT “Transcrever os processos da Inquisição portuguesa (1536-1821)” para a criação de um modelo de Inteligência Artificial para a transcrição automatizada dos arquivos.

Fonte: bnportugal.pt

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Em 1900, já perto do final do período Meiji, Rentaro Taki escrevia a primeira obra para piano alguma vez composta por um japonês. Essa obra, embora um minueto ao puro estilo clássico alemão, configurou-se como uma das obras que deu início à fulgurante perseguição de vários compositores japoneses por uma linguagem única e representativa daquilo que é a cultura japonesa.

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