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Divulgação CulturalLançamento | Terra Mineral – Terra Vegetal, de Duarte Belo e João Abreu | 27 jun.’23 | 18h00 | Auditório | Entrada livre
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Terra Mineral – Terra Vegetal
de Duarte Belo e João Abreu
LANÇAMENTO | 27 jun. ’23 | 18h00 | Auditório | Entrada livre
Evento precedido de VISITA GUIADA à exposição, às 17h00
O livro Terra Mineral – Terra Vegetal, associado à exposição homónima patente na Biblioteca Nacional, parte de um desejo de homenagem a dois grandes vultos da cultura e da ciência em Portugal: A. M. Galopim de Carvalho, geólogo, e Fernando Catarino, biólogo, que participam na apresentação da obra. Nas suas respetivas áreas científicas, e no ensino, ambos desenvolveram um trabalho notável que hoje se define como uma referência e inspiração contínuas.
Esta é uma proposta de reflexão sobre a geologia e a botânica de um país. Um atlas visual que não segue padrões científicos, mas procura uma ordem própria. A partir de um conjunto de fotografias, registos informais de alguém que há quatro décadas caminha com uma câmara fotográfica por este país interminável, grande, labiríntico, diverso, que é Portugal. Será no cruzamento entre a ciência e a arte que poderemos entender a vida, e comunicar conhecimento, saber, em algumas das suas subtilezas fascinantes. Tudo isto não deixa de ser um jogo de expressão e de liberdade. A tentativa de sedução para um universo fascinante, dinâmico, poderoso, entrópico. Um objeto e uma tentativa de ordem como um exercício criativo de desenho e de arquitetura.
Um olhar, uma proposta sobre a nossa casa comum, uma chave de entendimento que junta dois sábios, para propor uma viagem por lugares que são nossos, de um planeta inteiro. Uma reflexão sobre a vida que se ergue da terra em formas vegetais, tributo à permanente reinvenção da condição orgânica em diálogo com o universo. Ambição de ver mais longe a natureza profunda da matéria, da energia, do tempo e do espaço em diálogo há 13.800.000.000 anos, quando tudo começou com uma inominável explosão.
As fotografias deste livro são como o rasto performativo que alguém deixa depois de uma longa jornada num território delimitado, pela superfície terrestre. Um corpo que se move com uma câmara fotográfica. Um dispositivo visual para a descodificação da linguagem da vida. Interpretação possível do labirinto quântico que encontraremos na abertura ao infinito. A inquieta pacificação que nos é trazida pelo conhecimento do universo.
O presente volume está organizado em duas grandes unidades, que não deixam de ser porosas, de se interpenetrarem. Cada uma dessas unidades é estruturada em cinco conceitos. A Geologia desdobra-se em Mapa, Arquivo, Movimento, Matéria e Desenho. Os subcapítulos da Botânica são Paraíso, Corpo, Vida, Classificação e Antropoceno. Cada uma destas palavras reúne, por sua vez, conjuntos temáticos mais específicos.
À medida que nos afastamos das duas palavras-raiz, geologia e botânica, avançamos para um desdobramento cada vez mais labiríntico, como uma árvore que se ergue para a atmosfera enquanto mergulha, cada vez mais fundo, na terra. Este trabalho minucioso, de procura da ordem visível através da imagem, caminha num ambiente de complexidade progressiva. É o vertiginoso jogo do conhecimento como algo abstrato e ilimitado que nos puxa para um futuro absolutamente imprevisível.
(Adaptado do texto de Abertura)
Fonte: bnportugal.pt
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O mar é, e sempre foi, um local admirável e admirado, uma paisagem bucólica mas indomável. Local de aventuras, mas de fainas e necessidades. Partidas e chegadas. Local de magia, de sonhos, mas sobretudo de incógnitas