Notícias
Divulgação CulturalVisita Guiada | Exposição | Manuscritos musicais do Mosteiro de Belém. Uma tradição desconhecida | 26 jul. ’23 | 17h00 | por Zuelma Chaves
Manuscritos musicais do Mosteiro de Belém.
Uma tradição desconhecida
EXPOSIÇÃO I 3 maio – 18 ago. ’23 I Sala de Exposições – Piso 3 | Entrada livre
Visitas Guiadas
As visitas guiadas são de entrada livre e gratuita, mediante inscrição prévia para o endereço de correio eletrónico rel_publicas@bnportugal.gov.pt
26 jul. ’23 | 17h00 – com Zuelma Chaves
16 ago. ’23 | 17h00 – com Zuelma Chaves
A Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) possui um grande número de livros de coro provenientes do Mosteiro de Santa Maria de Belém, mais conhecido por Mosteiro dos Jerónimos. Estes manuscritos, apesar de representarem um testemunho precioso da vivência litúrgica e musical do Mosteiro, permaneceram durante muito tempo praticamente desconhecidos entre a comunidade musicológica.
Em 2020, graças ao financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), foi iniciado no Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM), da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa, um projeto de investigação destinado ao estudo aprofundado de trinta e sete livros de coro provenientes do Mosteiro dos Jerónimos que se conservam na BNP e na Free Library, de Filadélfia.
Reunindo uma equipa internacional de musicólogos, o projeto desenvolveu diversas linhas de pesquisa (codicológica, litúrgica, notacional), com o objetivo de obter uma visão mais ampla dos manuscritos enquanto artefactos culturais significativos.
Entre as conclusões já alcançadas, verifica-se que é possível distinguir dois núcleos de manuscritos no conjunto de livros oriundos do Mosteiro. Existe, por um lado, um núcleo destinado, desde raiz, ao serviço da nova comunidade monástica que se instalou nos amplos edifícios mandados erigir por D. Manuel I em substituição da antiga ermida de Santa Maria de Belém. Por outro, um núcleo de livros mais antigos, provavelmente produzidos para outros mosteiros da ordem.
Em sintonia com os avultados recursos financeiros e artísticos canalizados para o novo espaço monástico, o primeiro conjunto de livros destaca-se pela decoração luxuosa, com numerosas iniciais realçadas a ouro e delicados motivos fitomórficos e zoomórficos recortando as margens dos fólios. A disposição do texto e das pautas sobre os pergaminhos foi pensada para facilitar a leitura dos livros colocados na estante do coro, não se poupando em materiais dispendiosos nem no tempo necessário para que copistas e iluminadores especializados pudessem transmutar objetos funcionais em autênticas obras de arte. Neste conjunto de livros, destaca-se, ainda, o facto de terem encadernações similares que receberam no centro uma estrela ou um sol ardente, seguramente uma alusão simbólica à estrela de Belém que guiou os pastores e os reis magos ao local de nascimento de Cristo, lugar ao qual se refere explicitamente o patrocínio da ermida, Santa Maria de Belém.
Para além dos livros de coro copiados expressamente para Belém, a coleção procedente do Mosteiro inclui outros manuscritos mais antigos, provavelmente copiados para outro mosteiro jerónimo. Nesta fase da investigação, acredita-se que foram copiados para o Mosteiro da Penha Longa, perto de Sintra, fundado no século XIV. O aspeto geral destes manuscritos difere dos de Belém: embora também sejam decorados com muito cuidado, são de menor dimensão e menos luxuosos.
Esta exposição, tornada possível graças à coleção da BNP, que detém a maior parte dos livros estudados, traz ao nosso olhar um passado artístico, cultural e musical florescente. Inseparáveis dos mosteiros para os quais foram produzidos, estes manuscritos conservam a voz perdida dos monges que os habitavam.
Fonte: bnportugal.pt
Outros artigos em Divulgação Cultural:
SEMINÁRIO | Caminhos da Historiografia | A revolução de 25 de abril de 1974 | 16 abr. ’24 | 09h00 – 18h45 | BNP – Auditório
Quando no final dos anos 50 e princípios de 60 se tornou evidente uma crise no regime do Estado Novo, logo acompanhada do início da guerra colonial, a historiografia portuguesa dava já sinais de renovação, em contacto com as práticas e teorias que noutras geografias se iam desenvolvendo. O Dicionário de História de Portugal (1963-71) de Joel Serrão, foi então uma expressão dessa mudança que se vinha desenhando desde o pós-guerra
PROGRAMA: 50 ANOS DO 25 DE ABRIL | Exposição: Ventos de Liberdade
A exposição Ventos de liberdade. A Revolução de Abril pelo olhar de Ingeborg Lippmnan e Peter Collis revela imagens inéditas de dois fotojornalistas estrangeiros que acompanharam o pulsar daqueles tempos.
PALESTRA | Rubens e o interesse pelo legado clássico da Antiguidade e do Renascimento (…) | 28 mar. ’24 | 18h00 | BNP – Auditório
Esta mostra dá a conhecer o álbum de Peter Paul Rubens Palazzi di Genova, impresso pela primeira vez em 1622, e cujo 4.º centenário se celebrou recentemente. Dada a sua singularidade, a obra foi objeto de várias edições (1652, 1663, 1708, 1755, 1902)
SOPEAM na Exposição Universal CAMÕES 500 da Matriz Portuguesa
A SOPEAM foi convidada, na pessoa da Presidente da Direção, Maria José Leal, para a Comissão de Honra – Instituições e Particulares – das Comemorações dos 500 anos de Camões