Notícias
Divulgação CulturalPALESTRA | Rubens e o interesse pelo legado clássico da Antiguidade e do Renascimento (…) | 28 mar. ’24 | 18h00 | BNP – Auditório

No 4º centenário do projeto editorial de Rubens
Palazzi di Genova
MOSTRA | 7 mar. – 8 jun. ‘24 | Inaugura: dia 7 de março pelas 18h30 | Sala de Referência – Piso 1 | Entrada livre
Esta mostra dá a conhecer o álbum de Peter Paul Rubens Palazzi di Genova, impresso pela primeira vez em 1622, e cujo 4.º centenário se celebrou recentemente. Dada a sua singularidade, a obra foi objeto de várias edições (1652, 1663, 1708, 1755, 1902), sendo apresentadas nesta mostra quatro delas: duas das coleções da BNP (1622 e 1663), e outras duas pertencentes à Academia Nacional de Belas Artes (a de 1652, cujo exemplar pertenceu à Caza do Risco das Obras Publicas, e outra de 1755).
Fascinado pelas residências da nobreza genovesa, neste pequeno tratado, Rubens reproduziu as formas e planos dos mais esplêndidos edifícios da cidade de Génova. Como refere na introdução, era seu objetivo educar a burguesia de Antuérpia, afastando “o estilo de Arquitetura, que se chama Bárbara, ou Gótico”, defendendo que “[…] a verdadeira simetria […] compatível com as regras dos antigos, gregos e romanos” poderia ser aplicada não só aos grandes edifícios públicos, mas também aos edifícios privados. Neste sentido, o objetivo principal de Rubens era demonstrar que a arquitetura renascentista também poderia ser aplicada à cultura habitacional nórdica, cuja aristocracia não era particularmente diferente da de Génova.
Mas o álbum não constitui uma mera recolha de exemplos de construções palacianas genovesas, expressas nas 72 estampas da responsabilidade de Nicolaes Ryckmans (1595-?), notável gravador holandês. O acervo dos edifícios que Rubens selecionou para o álbum evidencia um conhecimento refletido sobre a República de Génova e a sua metamorfose urbanística e arquitetónica, dando conta das mudanças sociopolíticas ocorridas entre o início do século e a década de trinta do século XVII.
O volume é um verdadeiro manual de arquitetura, evidente no tratamento gráfico dedicado a cada um dos exemplos representados, cujas plantas, cortes e alçados revelam uma preocupação analítica para a justificação teórico-prática da tipologia arquitetónica, da sua funcionalidade e inscrição territorial.
Para além da importância da obra em si mesma, a sua relevância reside também na disseminação que conheceu na Europa, ao longo do século XVII, em países como a Inglaterra, os Países Baixos, a França, a Alemanha e na própria Itália.
Em Portugal, podemos observar ocorrências dessa receção, por exemplo, no palácio dos marqueses de Fronteira, em Benfica, no palácio Távora, atualmente Biblioteca Galveias, no Campo Pequeno, ou no palácio de Sarzedas, a Palhavã.
PALESTRAS
Complementarmente, José de Monterroso Teixeira, comissário da mostra, realizará duas palestras, subordinadas à mesma temática:
28 mar. ’24 | 18h00 | BNP
Rubens e o interesse pelo legado clássico da Antiguidade e do Renascimento: o pictor doctus.
A viagem em Itália (1600-1608): a estadia em Mântua, a convite de Vincenzo I Gonzaga; e em Espanha, o contacto com as coleções de Filipe III, em Valladolid e Madrid (Escorial).
16 abr. ’24 | 18h30 | Palácio dos Marqueses de Fronteira, São Domingos de Benfica
Paradigmas arquitetónicos: contaminações – o palácio dos marqueses de Fronteira e a receção da obra de Galeazzo Alessi veiculada pelo álbum Palazzzi di Genova (1622), editado por P. P. Rubens
Fonte: bnportugal.pt
Outros artigos em Divulgação Cultural:
![Festival Internacional de Danças e Músicas Antigas 24.25 | CICLO DE PRIMAVERA [21 — 30 MARÇO ’25]](https://www.josepocas.com/wp-content/uploads/2025/03/cicloofeat.jpg)
Festival Internacional de Danças e Músicas Antigas 24.25 | CICLO DE PRIMAVERA [21 — 30 MARÇO ’25]
O Festival Portingaloise conjuga criação/performance, formação e investigação relacionadas com o património coreográfico europeu do século XV ao XIX.

Curso sobre Camões 500 anos – Ler os Lusíadas dinamizado por António Cortez a decorrer de 26 de março a 7 de maio na Biblioteca Ary dos Santos em Sacavém
Para assinalar o 500.º aniversário do nascimento de Luís Vaz de Camões, a Biblioteca Municipal Ary dos Santos, em Sacavém, recebe uma série de aulas comemorativas entre 26 de março e 7 de maio.

CONCERTO | 2.º Ciclo Benjamim. Há Música na Biblioteca! | 22 mar. ’25 | 11h00 | Átrio do Anfiteatro
O MPMP dá início a um novo ciclo do seu projeto pedagógico, dedicado aos mais novos e às suas famílias. Estes concertos, em ambiente descontraído, propõem um momento de descoberta, aproximação e encontro entre música, compositores, intérpretes e famílias (ou pequenos ouvintes)

SEMINÁRIO | Ciência e Cultura. Quebrar Fronteiras: Thomas Szasz e a doença mental como metáfora | 17 mar. ’25 | 14h30 | BNP – Sala de Formação
O psiquiatra Thomas Szasz escreveu que, de acordo com a definição materialista-científica de doença, uma doença é uma alteração patológica de células, órgãos ou tecidos e que, portanto, a doença mental não é uma doença real, mas sim uma metáfora, pois nenhuma biópsia ou necrópsia pode verificar ou falsificar os diagnósticos do DSM