Notícias
Divulgação CulturalMESA-REDONDA | O 18 de janeiro de 1934 e a difusão actual das ideias libertárias | 18 JAN. ’25 | 15h00 | Auditório
A Ideia – 50 Anos
Revista de cultura libertária
Exposição | 10 out. ’24 – 18 jan. ’25 | Mezanino | Entrada livre
A Ideia, então «órgão anarquista específico de expressão portuguesa», foi fundada por João Freire em Paris em abril de 1974. Era, de certa maneira, uma herança do espírito de “Maio de 68” que se queria fazer alargar, também em língua portuguesa. Assim, esteve no cerne da realização, em julho de 1974, de um grande comício anarquista internacional, que encheu a ‘Voz do Operário’ de Lisboa. A partir de 1975 a revista prosseguiu a sua existência já em Portugal, procurando compatibilizar a herança dos antigos anarquistas sindicalistas do tempo da República e da Ditadura que animavam os jornais A Batalha ou Voz Anarquista com as atitudes contestatárias da juventude escolarizada de então.
Na década de 80, considerando estabilizada a democracia em Portugal, A Ideia evoluiu no essencial das suas mensagens, estimulando a legitimação dos então chamados “novos movimentos sociais” (sobretudo o feminismo, a ecologia e o pacifismo) ao mesmo tempo que, contando com novos colaboradores como Miguel Serras Pereira e Vasco Rosa, deixou o anterior carácter gráfico artesanal-militante e assumiu-se efetivamente como uma «revista de cultura e pensamento anarquista», alargando muito o leque de autores que nela participavam, incluindo na área pictórica. Paralelamente, o seu grupo editor, que já em 1978 organizara uma ‘Semana de Presença Libertária’ com participação estrangeira, assegurou a concretização na Biblioteca Nacional de Portugal do projeto de Emídio Santana de organização de um Arquivo Histórico-Social (hoje N/61 do ACPC) e a correspondente realização em 1987 da exposição ‘Um século de anarquismo em Portugal’; além, no mesmo ano, de um Colóquio Internacional sob o tema ‘Tecnologia e Liberdade’.
Depois de uma década muita discreta, a revista ressurge com o século XXI como «revista libertária», de novo pela mão de João Freire; e foram elementos seus que entre 2010 e 2012 desenvolveram o projeto ‘Movimento social crítico e alternativo’ (MOSCA) financiado pela FCT. Em 2013 assumiu a sua direção o já antigo colaborador António Cândido Franco que lhe imprimiu uma dinâmica muito nova, como «revista de cultura libertária» e com o seu conteúdo a corresponder a tal programa editorial, com especial destaque para os temas e autores surrealistas, tanto na escrita como nas imagens, mas sem minimamente renegar a sua trajetória anterior.
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Estão previstas iniciativas presenciais em ligação com a exposição »
Fonte: bnportugal.pt
Outros artigos em Divulgação Cultural:
Congresso Eça de Queiroz. 150 anos | 14 / 15 out. | BNP /Palácio Valenças, Sintra
Em parceria com outras entidades culturais e académicas, o MIL: Movimento Internacional Lusófono organizou, em Novembro de 2019, na Sociedade de Geografia de Lisboa e na Biblioteca Nacional de Portugal, o Congresso Internacional «Eça de Queiroz, nos 150 anos do Canal do Suez» em que se apresentaram comunicações de um conjunto alargado e diversificado de estudiosos de Eça de Queiroz
CURSO ONLINE | OS OLHOS DA ÁSIA, MEMÓRIAS E IMAGENS DOS PORTUGUESES
A cargo de Jorge Santos Alves, este curso faz uma leitura crítica da imagem de Portugal e dos portugueses nas histórias nacionais e memórias colectivas de várias sociedades asiáticas (em especial Índia, Malásia, Indonésia, China e Japão)
CCB | O DESPREZO > companhia auéééu | 8 a 11 outubro no Pequeno Auditório
O sentimento de desprezo pressupõe uma relação do olhar do outro sobre o ser desprezado – um olhar que o torna invisível, que renega ao primeiro gesto de humanidade pois não o reconhece como seu semelhante, que o reduz a uma insignificância e lhe retira existência – ou melhor, que lhe confere uma existência indiferente
15 OUT | Nouruz Ensemble | Ciclo Músicas Escondidas
O primeiro concerto do Ciclo Músicas Escondidas, dedicado às sonoridades da antiga rota da seda, Nouruz Ensemble é composto por virtuosos dos antigos instrumentos orientais, acompanhados pela cantora iraquiana Rita Williams.