Destaques
quadros comentados
“O Médico”
“O Médico” (1916) (Amadeo de Souza Cardoso, 1887-1918)
Concerto para violino nº 8 em E menor
O autor deste quadro faleceu precocemente, vítima da tão temida “gripe espanhola”, tendo sido um dos principais inovadores portugueses no domínio da pintura, pois adotou correntes estéticas fraturantes com o que se vinha produzindo até então no mundo artístico. Pode especular-se que este arrojado quadro nos interpela a refletir, no facto de a Medicina, ela própria, viver presentemente uma certa crise que resulta, em parte, da forma como as inovações tecnológicas têm sido incorporadas na prática do exercício profissional, e os consequentes reflexos nas políticas que se empreendem neste vital setor nas modernas sociedades. Uma preocupação para doentes, médicos, gestores e políticos. Uma questão de verdadeira cidadania. É que o cerne da questão está em saber conjugar adequadamente, na prática clínica, a inovação tecnológica com a simultânea humanização na prestação de cuidados, sem nunca desvalorizar a importância inquestionável da anamnese e da semiologia.
Outros quadros comentados:
“Mal de Amores”, “O Beijo”, “Homem velho com saudades”, “Autorretrato, enquanto Homem desesperado”, “Autorretrato” e “Retrato de Roma”, “Oscar Dominguez”
Um dos atributos mais nobres do médico é o de ser capaz de descodificar, através da observação clínica, os estados de alma dos seus doentes. Nas expressões faciais. No olhar. Nos gestos
“John Locke”, “Baruch Spinosa”, “Pedro Nunes”, “De humani corpis fabrica”, “Estudos de anatomia”, “Estudo Anatómico”
Existe um debate, desde há muitos anos, acerca da natureza da Medicina: Arte ou Ciência, pergunta-se? Possivelmente, direi, ambas!
“Um abraço do Universo a mim e ao Diego”, “Saudade”
O(s) autor(es) o livro intitulado “QuimioRadiolândia: Viagem sem regresso a uma fortaleza chamada oncologia”, aí escalpelizam toda problemática do relacionamento médico-doente na vertente de utilizadores dos serviços de saúde