Destaques

Um dos atributos mais nobres do médico é o de ser capaz de descodificar, através da observação clínica, os estados de alma dos seus doentes. Nas expressões faciais. No olhar. Nos gestos

Existe um debate, desde há muitos anos, acerca da natureza da Medicina: Arte ou Ciência, pergunta-se? Possivelmente, direi, ambas!

O(s) autor(es) o livro intitulado “QuimioRadiolândia: Viagem sem regresso a uma fortaleza chamada oncologia”, aí escalpelizam toda problemática do relacionamento médico-doente na vertente de utilizadores dos serviços de saúde

Claude Bernard foi o grande introdutor da fisiologia, como ramo da medicina que permitiu passar a conhecer o funcionamento dos órgãos e a interdependência funcional dos sistemas

“Mary Seacole”, “Soldado com um traumatismo craniano”, “Florence Nightingale na guerra da Crimeia”, “Soldado ferido nas guerras napoleónicas”, “Cólera a bordo de um navio” “Mary Seacole” (1805) (Albert Chalen, 1847-1869), “Soldado com um traumatismo craniano” (1915)...

A importância da iatrogenia para o doente, pode variar muito de caso para caso, não dependendo do teor da especialização, mas antes daquilo que é o cerne do exercício profissional

A iatrogenia cirúrgica, que diminuiu vertiginosamente depois da invenção da anestesia e da descoberta da importância decisiva da assepsia, passou a beneficiar, no decurso da segunda metade do século XX e no presente século XXI, sobretudo, do aperfeiçoamento tecnológico e dos aspetos organizativos e regulatórios das instituições

A doença iatrogénica tem um peso enorme para a sociedade, para as instituições, para os profissionais de saúde e, logicamente, sobretudo, para os próprios doentes

Se há intervenção cirúrgica que pode simbolizar um quase “milagre” aos olhos do vulgar cidadão e, sobretudo, dos respetivos pais, é a separação de um par de siameses

A fisiatria é a especialidade, por excelência, da reabilitação funcional (músculo-esquelética, traumatológica, respiratória, cardíaca, da fala, etc.)

A qualidade de vida não significa, obrigatoriamente, uma longa vida. Os aspetos funcionais e a capacidade de autossuficiência são fundamentais para que cada ser humano possa dizer que se sente efetivamente feliz

Os títulos dos dois primeiros quadros, da autoria de dois génios da pintura universal, resumem, com muito propósito, aquilo que é o sentimento do doente em fase terminal de uma doença oncológica, que necessariamente contamina os familiares, amigos, conviventes e, porque não, afirmar, também, quem o trata

O autor do primeiro quadro, o escocês Ken Currie, tem-se dedicado muito a refletir, nas suas obras, sobre a problemática da doença, do envelhecimento e das alterações do corpo induzidas por causas traumáticas

Se algo traduz, para o vulgar cidadão, designadamente, para o doente, o que significa, no íntimo, a palavra “cancro”, é, certamente, sofrimento, dor e morte antecipada

As doenças que afetam a face, para além dos óbvios e importantes aspetos estéticos, podem comportar enorme sofrimento, quanto mais não seja, pelas suas implicações nas funções vitais da respiração e da alimentação

Os registos iconográficos das patologias urológicas são muito antigos, tal como se exemplifica nos três primeiros quadros apresentados, sendo de destacar o papel simbólico desempenhado pela circuncisão, para as três religiões denominadas “do Livro” e filhas do mesmo Pai: “Abraão”

As doenças ginecológicas, por afetarem os órgãos genitais femininos, e por estes estarem intimamente ligados a duas funções vitais, ou seja, a capacidade de poder gerar filhos e o prazer sexual, comportam muitas implicações na saúde física e no equilíbrio emocional

A terapêutica das doenças ortopédicas, ao longo da história da medicina, em particular das fraturas e das luxações dos membros, deixou um sem número de registos iconográficos

O cirurgião vascular tem de diagnosticar e tratar muitas situações patológicas que são suscetíveis de causarem enorme sofrimento, ameaçando, inclusive, a vida do próprio doente, e cujo tratamento pode deixar graves e permanentes sequelas

O cirurgião geral tem de lidar, ao longo da sua vida profissional, com muitas situações em que, para salvar o seu doente, tem de lhe proceder a algumas amputações de órgãos que têm notórias implicações na sua qualidade de vida futura

Desde sempre que o sangue foi encarado por todas as civilizações como símbolo da própria vida. Daí, as tentativas, bastante remotas, de que os dois primeiros quadros são bons exemplos