Destaques
quadros comentados
“O médico dos pobres”
“O médico dos pobres” (1867) (Jules Leonard, 1827-1897)
Mazurka nº 38
A visão do médico generalista é, por excelência, aquela que tem por objeto um coletivo muito singular, ou seja, o da estrutura base de uma sociedade: a família. Conhecer o doente desde a fase pré-natal, como por vezes acontece, até à idade adulta, e depois os seus descendentes, é algo único no contexto da especialização médica e que coloca o médico numa posição ímpar para poder interpretar, verdadeiramente, o sinal ou sintoma que o doente apresenta. O que permite criar laços de confiança mútua que são verdadeiramente insubstituíveis para o doente e para a estrutura familiar. Assim existissem condições de exercício adequadas, o que passa certamente, pelo tempo disponível para conversar, analisar os contextos e as evidências clínicas, formular um diagnóstico diferencial assertivo que possibilite a hierarquização adequada dos exames auxiliares a serem requisitados e, decidir, depois, qual a terapêutica mais adequada ou a referenciação ponderada a uma qualquer outra especialidade complementar. Mas, contudo, tal não é de todo viável, se o médico estiver em “burnout” e se tiver que ver doentes como simples peças de uma mera linha de montagem industrial, como acontece na realidade presente. Esta realidade, é, antes, uma desvirtuação e um abastardamento intolerável daquilo que deveria ser o exercício profissional destes colegas, o que acarreta elevados custos, quer para os doentes, quer para o sistema, quer, finalmente, para os próprios profissionais.
Outros quadros comentados:
“Mal de Amores”, “O Beijo”, “Homem velho com saudades”, “Autorretrato, enquanto Homem desesperado”, “Autorretrato” e “Retrato de Roma”, “Oscar Dominguez”
Um dos atributos mais nobres do médico é o de ser capaz de descodificar, através da observação clínica, os estados de alma dos seus doentes. Nas expressões faciais. No olhar. Nos gestos
“John Locke”, “Baruch Spinosa”, “Pedro Nunes”, “De humani corpis fabrica”, “Estudos de anatomia”, “Estudo Anatómico”
Existe um debate, desde há muitos anos, acerca da natureza da Medicina: Arte ou Ciência, pergunta-se? Possivelmente, direi, ambas!
“Um abraço do Universo a mim e ao Diego”, “Saudade”
O(s) autor(es) o livro intitulado “QuimioRadiolândia: Viagem sem regresso a uma fortaleza chamada oncologia”, aí escalpelizam toda problemática do relacionamento médico-doente na vertente de utilizadores dos serviços de saúde