Destaques
quadros comentados
“Ambroise Paré a examinar um doente”, “Ambroise Paré”
“Ambroise Paré a examinar um doente” (sec. XIX) (James Bertrand, 1823-1887), “Ambroise Paré” (sec XX) (Ernest Board, 1877-1934)
Concerto para violino nº 8 em E menor
O ensino da cirurgia e o da medicina estiveram separados durante séculos, e deve-se muito ao francês Ambroise Paré o reconhecimento do papel decisivo daquilo que se denominava então o “cirurgião-barbeiro”. As faculdades de Medicina desses tempos não reconheciam como médicos os cultores da arte cirúrgica, e a estes estava reservado “apenas” um mais aprimorado conhecimento da anatomia e uma aprendizagem mais caracterizada pelo autodidatismo e pelo exercício prático do seu mister, do que pelo conhecimento livresco e especulativo acerca da origem das enfermidades e dos meios farmacológicos de as tratar. Além de ter sido cirurgião de vários monarcas, Ambroise Paré foi o introdutor da moderna medicina de guerra (pois atuou diretamente em vários conflitos bélicos da época), tendo inventado diversos dispositivos (designadamente, próteses) e sido um reconhecido anatomista. Se, inicialmente, o grande ato cirúrgico por excelência era a amputação salvadora de alguém que tinha uma ferida de guerra num membro, não tratável por outra maneira mais conservadora nessa altura disponível, fosse porque a fratura óssea era muito extensa e complicada, fosse porque existia uma hemorragia incontrolável, ou uma ameaçadora e intratável gangrena estabelecida, a sofisticação do seu desenvolvimento veio a permitir, posteriormente, verdadeiros “milagres”. Como é evidente, muitos destes doentes morriam na mesma, ou ficavam com importantes e permanentes sequelas funcionais que, hoje, com as mais modernas técnicas, se podem evitar na maioria das circunstâncias. Na era pré-vacinal e pré-antibiótica, e sem as noções elementares de assepsia operatória, muitos dos doentes que sobreviviam inicialmente aos distúrbios hemodinâmicos, cujos mecanismos fisiopatológicos também se desconheciam, faleciam posteriormente com complicações infeciosas, nas quais se incluía o tétano.
Outros quadros comentados:
“Mal de Amores”, “O Beijo”, “Homem velho com saudades”, “Autorretrato, enquanto Homem desesperado”, “Autorretrato” e “Retrato de Roma”, “Oscar Dominguez”
Um dos atributos mais nobres do médico é o de ser capaz de descodificar, através da observação clínica, os estados de alma dos seus doentes. Nas expressões faciais. No olhar. Nos gestos
“John Locke”, “Baruch Spinosa”, “Pedro Nunes”, “De humani corpis fabrica”, “Estudos de anatomia”, “Estudo Anatómico”
Existe um debate, desde há muitos anos, acerca da natureza da Medicina: Arte ou Ciência, pergunta-se? Possivelmente, direi, ambas!
“Um abraço do Universo a mim e ao Diego”, “Saudade”
O(s) autor(es) o livro intitulado “QuimioRadiolândia: Viagem sem regresso a uma fortaleza chamada oncologia”, aí escalpelizam toda problemática do relacionamento médico-doente na vertente de utilizadores dos serviços de saúde