Destaques
quadros comentados“Esqueleto de cárneo com cigarro aceso” e “Autorretrato com cachimbo”
“Esqueleto de cárneo com cigarro aceso” (1886) e “Autorretrato com cachimbo” (1889) de Vincent van Gogh, 1853-1890
Sonata nº 55
![Citação em destaque](https://www.josepocas.com/wp-content/uploads/2017/11/Bquadrodestq.png)
Os pneumologistas de hoje, certamente que se debatem com uma infinidade de outras doenças que não apenas a tuberculose de outrora e possuem recursos de elevada sofisticação tecnológica, lidando com situações clínicas em que o sofrimento humano está muito presente, porque a “falta de ar”, comum à evolução de muitas delas, é percecionada como algo muito especial pelos doentes, pois tal pode simbolizar, de uma forma intuitiva, uma ameaça séria à sua própria subsistência, o que tem óbvios e importantíssimos reflexos no relacionamento com o seu médico. Tal é o que se pode depreender dos incontornáveis quadros de Van Gogh, pois ambos remetem para a causa mais frequente (e evitável) de insuficiência respiratória, o tabagismo, embora na época do pintor isso não fosse do conhecimento, quer dos médicos e cientistas, e muito menos dos doentes e dos cidadãos em geral.
Esta realidade ganha especial acuidade, quando esta função absolutamente vital é assegurada através do funcionamento de uma prótese ventilatória em contexto de doença evolutiva em fase terminal e sem tratamento etiológico que permita admitir a sua reversibilidade. Nestas circunstâncias, evidentemente muito particulares, a compaixão e a adequada aplicação dos princípios éticos da boa prática médica, para além da correta prescrição farmacológica necessária, poderão dar dignidade, quer à vida do doente, quer à do próprio médico.
Outros quadros comentados:
![“Mal de Amores”, “O Beijo”, “Homem velho com saudades”, “Autorretrato, enquanto Homem desesperado”, “Autorretrato” e “Retrato de Roma”, “Oscar Dominguez”](https://www.josepocas.com/wp-content/uploads/2019/11/qc94fb.jpg)
“Mal de Amores”, “O Beijo”, “Homem velho com saudades”, “Autorretrato, enquanto Homem desesperado”, “Autorretrato” e “Retrato de Roma”, “Oscar Dominguez”
Um dos atributos mais nobres do médico é o de ser capaz de descodificar, através da observação clínica, os estados de alma dos seus doentes. Nas expressões faciais. No olhar. Nos gestos
![“John Locke”, “Baruch Spinosa”, “Pedro Nunes”, “De humani corpis fabrica”, “Estudos de anatomia”, “Estudo Anatómico”](https://www.josepocas.com/wp-content/uploads/2019/11/qc93fb.jpg)
“John Locke”, “Baruch Spinosa”, “Pedro Nunes”, “De humani corpis fabrica”, “Estudos de anatomia”, “Estudo Anatómico”
Existe um debate, desde há muitos anos, acerca da natureza da Medicina: Arte ou Ciência, pergunta-se? Possivelmente, direi, ambas!
![“Um abraço do Universo a mim e ao Diego”, “Saudade”](https://www.josepocas.com/wp-content/uploads/2019/11/qc92fb.jpg)
“Um abraço do Universo a mim e ao Diego”, “Saudade”
O(s) autor(es) o livro intitulado “QuimioRadiolândia: Viagem sem regresso a uma fortaleza chamada oncologia”, aí escalpelizam toda problemática do relacionamento médico-doente na vertente de utilizadores dos serviços de saúde