Destaques
quadros comentados“Consulta de Reumatologia do Hospital real de doenças reumáticas de Bath”, “Arcanjo S. Rafael”
Concerto para violino nº 8 em E menor
A cidade britânica de Bath tem uma notável tradição ligada à terapêutica das mais variadas doenças, pela utilização de águas termais, que remonta à época romana. Este tipo de tratamentos tem sido muito utilizado ao longo de séculos, para tratamento de afeções de índole reumatológica, de que o primeiro quadro é um registo exemplificativo, que data do século XVIII. As doenças que apresentam compromisso articular, têm, ainda, frequentemente, compromisso de outros órgãos e sistemas, sendo o exemplo mais paradigmático, a esclerose sistémica progressiva, vulgo, esclerodermia. Esta doença, descrita pela primeira vez pelo dermatologista italiano, Carlo Curzio (sec. XVII-XVIII), caracteriza-se por alguns achados semiológicos presentes neste quadro do grande pintor andaluz, Bartolomé Murillo, designadamente, as telangiectasias da face e dos dados das mãos, a par de uma pele que se adivinha atrofiada e de lábios finos e dedos das mãos afilados. Claro que não é de todo possível fazer esta afirmação com a certeza absoluta, mas é perfeitamente plausível a especulação, no que muitos autores estão de acordo.
Esta doença é um dos melhores exemplos, na enorme diversidade da patologia médica, da necessidade de poder haver necessidade de recurso à consultadoria de diversos especialistas, embora tal exija, também, que o médico de referência seja o que trata a doença principal de base e que o doente o identifique como o “chefe dessa complexa orquestra”, pronto a arbitrar as naturais diferenças de opinião e que faça a síntese harmoniosa das várias intervenções, para que tudo não pareça um mero somatório aritmético das partes, mas que permita, pelo contrário, salvaguardar o essencial, ou seja, a relação empática e de confiança mútuas, indispensáveis para fazer um caminho longo a dois, cheio de reconfortantes pequenas-grandes vitórias, e, por vezes, também, infelizmente, de angustiantes derrotas.
“Mal de Amores”, “O Beijo”, “Homem velho com saudades”, “Autorretrato, enquanto Homem desesperado”, “Autorretrato” e “Retrato de Roma”, “Oscar Dominguez”
Um dos atributos mais nobres do médico é o de ser capaz de descodificar, através da observação clínica, os estados de alma dos seus doentes. Nas expressões faciais. No olhar. Nos gestos
“John Locke”, “Baruch Spinosa”, “Pedro Nunes”, “De humani corpis fabrica”, “Estudos de anatomia”, “Estudo Anatómico”
Existe um debate, desde há muitos anos, acerca da natureza da Medicina: Arte ou Ciência, pergunta-se? Possivelmente, direi, ambas!
“Um abraço do Universo a mim e ao Diego”, “Saudade”
O(s) autor(es) o livro intitulado “QuimioRadiolândia: Viagem sem regresso a uma fortaleza chamada oncologia”, aí escalpelizam toda problemática do relacionamento médico-doente na vertente de utilizadores dos serviços de saúde