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“Gangrena”, “As mãos do Dr. Moore”, “A caridade de S. Cosme e de S. Damião”

“Gangrena”, “As mãos do Dr. Moore”, “A caridade de S. Cosme e de S. Damião”
“Gangrena” (sec XIX) (Autor desconhecido, Fundação Wellcome), “As mãos do Dr. Moore” (1940) (Diego Rivera, 1886-1957), “A caridade de S. Cosme e de S. Damião” (sec. XVII) (Ambrosius Francken, 1544-1618)
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O cirurgião vascular tem de diagnosticar e tratar muitas situações patológicas que são suscetíveis de causarem enorme sofrimento, ameaçando, inclusive, a vida do próprio doente, e cujo tratamento pode deixar graves e permanentes sequelas. A mais paradigmática de todas é, sem dúvida, a gangrena de um membro, provocada por uma embolia arterial, ou por causa traumática ou infeciosa. Existem muito exemplos de amputações efetuadas ao longo de séculos na história da pintura e da medicina, tal como se pode verificar nos quadros que aqui se apresentam. Se, no primeiro caso, é nítido o ar sético do doente, porque a infeção se terá generalizado, pelo facto da amputação não ter sido efetuada a tempo, já, na última, poderemos imaginar o sofrimento atroz de um doente a ser tratado naquelas circunstâncias, onde, o prognóstico final, acabaria, talvez, por não ser, afinal, muito diferente do que é de supor que terá acontecido no primeiro cenário. Já o quadro do meio, traduz uma encomenda da esposa do Dr. Moore, afamado cirurgião da Califórnia, pintado na quarta década do século XX, pois esta pretendia, dessa forma, homenagear o seu dedicado marido. Diego Rivera aceitou, ao longo de toda a sua carreira, muitas encomendas oriundas do país vizinho do norte, sendo este um dos exemplos que se podem observar atualmente no Museu de Arte Contemporânea de San Diego.

 

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